Parte 11

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11 de Abril de 2014 – Salão Principal UVA – Rio de Janeiro, Brasil

O relógio indicava 9h30 da manhã, as cadeiras do enorme salão da universidade estavam alinhadas de maneira perfeita, e a enorme passarela já se via iluminada, embora sem nenhuma modelo.

Os familiares pouco a pouco se acomodavam, e as estudantes de moda corriam desesperadas de um lado para o outro, preocupadas com os últimos detalhes.

— Onde está a sua filha? – Marcela brincou com a melhor amiga, enquanto prendia o vestido que ficara largo na modelo.

— Mayra ainda não chegou. – Dulce revirou os olhos. – Esse povo é folgado, né? Dá vontade de colocar no relatório para a professora dela, dizer que eu fiz tudo e ela não fez nada.

— Pobre menina, passou a semana toda ansiosa. – riu. – Quantas vezes ela te ligou? Umas 20?

— Algo por aí. – entregou o sapato para a modelo. – Pode colocar esse, Querida.

— Marcela, socorro! – a loira vinha correndo. – Desapareceu um sapato! Não sei o que fazer!

— Ficar desesperada é que não dá, Brenda. – riu dela. – Eu te ajudo, vamos lá. Ah, esse pessoal do último ano... – brincou, e a ruiva riu. – Já volto, Dul.

— Ok. – olhou o relógio, vendo que a aluna já estava atrasada demais.

— Dulce! – Mayra gritou. – Me desculpe, me desculpe, me desculpe!

— Você não pode chegar com meia hora para o desfile começar. Você deveria estar aqui às 8h, junto comigo. – séria. – Quando eu cheguei, suas modelos estavam perdidinhas.

— Me perdoa! – abraçou-a. – Me perdoa! Meu namorado e eu estamos nessa de voltamos, não voltamos, voltamos, não voltamos... – sorriu de lado. – E ele veio! Ele veio, e eu estou completamente ansiosa com isso.

— Ótimo! Depois você marca o encontro. – séria. – Primeiro é o desfile! Eu preciso sair daqui 11h30 no máximo, estou cheia de coisa pra fazer na Vogue.

— Sim, ok, você manda! – bateu continência. – Por onde começamos? – a ruiva respirou fundo, sem paciência.

— Essa é a sua lista de modelos. – entregou a prancheta. – E as roupa de cada uma. Separei algumas, você pode cuidar do resto.

— Ok. Vamos começar... – tentou se acalmar.

Dulce ficou a maior parte do tempo apenas olhando Mayra, e dando instruções de longe, havia passado pelo mesmo no ano anterior e hoje agradecia por não ter recebido tudo de mão beijada; a melhor maneira de aprender era tentando.

Faltando apenas cinco minutos para começar o desfile, Dulce passou a últimas instruções para a morena, e então foi para fora dos bastidores com Marcela.

Sentaram-se na primeira fileira e pegaram a prancheta com a folha, onde dariam as notas para as roupas que as alunas haviam escolhido para as modelos.

— Dulce. – Marcela sussurrou.

— Hm? – escrevia seu nome na folha.

— Disfarça e olha o namorado da sua filha. – com os olhos arregalados.

— Que filha? – terminou de escrever.

— Da menina que você está cuidando, Máira ou algo assim.

— Mayra. – corrigiu-a. – Cadê?

— Com ela. – apontou discretamente. – Segunda fileira, de pé, conversando.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora