Parte 79

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13 de Novembro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

Christopher saiu um pouco mais tarde do que o normal do trabalho, fechou a própria sala e despediu-se da secretária. Enquanto caminhava até o carro no estacionamento, enviou uma mensagem para a noiva.

Christopher Uckermann
Amor, estou saindo do trabalho agora. Já sabe que horas estará em casa? Como estão as coisas na revista? E o TCC? Pronto pra entregar amanhã?

Foi até o próprio carro, deixou a pasta no banco detrás e entrou em seguida. Assim que ligou o automóvel, o celular apitou, indicando duas novas mensagens.

Dulce Maria
Vou demorar um bom tempo, amor. Adélia me emprestou o estúdio da revista pra eu fotografar as meninas do TCC aqui mesmo. Chegarei tarde, não me espere para o jantar.
Te dou notícias quando aliviar por aqui.
Bjs

Alfonso Uckermann
Brother, o que vai fazer hoje?

Christopher encarou o celular por alguns segundos, praticamente não via a namorada desde o início da semana. A morena deveria entregar a pasta de produção do TCC na sexta-feira, e por isso tivera a rotina muito mais corrida do que o normal. Por um lado sentia falta dela, mas por outro, precisava apoiar e ajudá-la naquele momento.

Conectou o celular ao bluetooth e ligou para o irmão enquanto arrancava o carro dali.

— Fala, moleque! – Alfonso atendeu animado.

— E aí? O que acontece que está tranquilo agora? – riu ao perguntar.

— A patroa vai sair para uma noite de senhoras. – contou. – Sua patroa te dispensa para uma noite com o seu bom e velho irmão hoje?

— Ela nem saberia onde eu estou. – sussurrou para si mesmo. – Ah, Poncho... depende, o que você tem em mente? Dulce não liga, mas eu estou meio cansado.

— Que cansado? Quem anda cansado com 26 anos? – gargalhou. – Bora beber, vai! Quebra essa para o seu irmão.

— Coisa rápida?

— Um happy hour. – garantiu. – Bora?

— Ok, bora. – cedeu. – Onde?

— Leblon. – escutou o irmão murmurar. – No Veloso. Você gosta de lá, nem vem.

— Eu gosto, mas tem que ser no Leblon? – reclamou. – Longe pra cacete, Poncho.

— Longe pra você que mora no fim do mundo. – debochou. – Anda, vai. Passa aqui em casa, eu te empresto uma roupa e você me dá uma carona.

— E por acaso você se mudou da Barra? – revirou os olhos.

— Não, mas minha casa é bem antes da sua. – riu. – Te espero aqui. Quanto tempo pra chegar?

— Uns 30 minutos. – concluiu, dando-se por vencido. – Já te vejo.

— Falou, irmãozinho! – riu animado. – Abraço.

— Abraço. – encerrou, a animação do advogado era capaz de contagiar.

Seguiu então até a casa do homem, talvez fosse bom espairecer um pouco, tomar uma cerveja com o irmão e rir das coisas boas que conversavam. Andava tão tenso pelo trabalho e o estresse do dia-a-dia, que esquecera-se que a diversão também fazia parte da vida.

Assim que chegou à casa de Alfonso, estacionou o carro e subiu para falar com o irmão.

Pegou a roupa emprestada, já que não aguentaria o calor do bar se ficasse de camisa social e gravata; arrumou rapidamente o cabelo e então saíram de casa.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora