22 de Novembro de 2014 – Copacabana– Rio de Janeiro, Brasil
Christopher, Christian e Poncho completaram os dez quilômetros de corrida e logo pararam em um dos quiosques entre os postos três e quatro da praia de Copacabana.
Sentaram-se ali, deixaram as blusas em cima da mesa e pediram uma água de coco para cada enquanto olhavam a agitada movimentação de pessoas por ali.
— É aquilo que eu falo, sabe? Já conheci países pra caramba, rodei uma boa parte de lugares no mundo, mas como o meu Rio de Janeiro... – Christian sorriu ao falar. – Não tem nenhum lugar no mundo!
— Nada bate isso aqui! – Poncho concordou. – Isso que é vida! Poder ter tudo isso em casa, sem ter que pegar horas de estrada. – mirou o irmão. – Hein? Christopher! – gritou, e então o arquiteto tirou os olhos do celular. – Acorda, cara!
— O que foi? – pegou o coco.
— Está no mundo da lua. – riu. – Olhe ao redor, irmão!
— Estava só vendo se Dulce dava sinal de vida. – confessou. – Ela não mandou nada ainda.
— Você disse que ela ficou dormindo. – Christian opinou. – Provavelmente continua assim.
— Ela não é de acorda tarde. – digitava a mensagem com uma das mãos. – É estranho.
— Pergunte pra ela. – Poncho o olhou. – Tire a dúvida.
— É o que estou fazendo. – enviou a mensagem.
— Anahí está animada pra hoje. – o irmão colocou o celular em cima da mesa.
— O que tem hoje? – Christian variou os olhos entre os dois irmãos.
— Vamos sair juntos. – Christopher resumiu. – Anahí já adorava Dulce, e depois que esteve na apresentação do TCC dela, elas ficaram ainda mais unidas.
— Coisa de mulher, cara. – Poncho tentou aliviar. – A gente só acompanha. Você sabe que a Annie sempre quis essa coisa de saída de casais, ela curte.
— Hm. – o assessor deu um longo gole na água de coco. – Posso ir com a Mai?
— Oi? – Christopher o olhou com surpresa.
— Acha que dá ruim? – mirou o amigo. – Se eu for com a Mai?
— Não... quer dizer... – Christopher coçou a cabeça.
— Cara, acho que a pergunta é: Mai vai querer ir? – Poncho contraiu os lábios ao falar. – O problema não somos nós ou a Dulce, e muito menos a Anahí, mas... digo, uma coisa é a Maite aceitar a Dulce no casamento, coisa que vai acontecer daqui a um ano. Outra coisa é ela querer sair hoje.
— É que isso aqui é bom! – apontou para eles. – Nossa convivência, as conversas e tudo o que sempre tivemos. Porra, quero incluir a minha garota nisso. Antes a Annie nunca estava presente e Christopher não tinha ninguém, mas agora que ele tem e que elas se dão bem, digo... porra, né?
— Você conta a com a gente e sabe disso. – Christopher mirou o amigo. – E tenho certeza de que também conta com a Dulce. Depende da Mai, ok?
— Posso falar com ela e avisar vocês? – propôs.
— Trato feito. – Poncho tomou a iniciativa e o irmão assentiu em seguida.
— Vai ser bom ter você de volta, cara. – Christopher sorriu e o celular vibrou em cima da mesa.
— Parece que a futura primeira dama respondeu. – Christian brincou.
— Agora ele sossega. – Poncho riu do irmão.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...