15 de Novembro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil
O relógio indicava pouco mais de seis horas da tarde, Dulce descera do BRT e fora caminhando o restante do trajeto até o apartamento.
— Hey! – o carro parou ao seu lado, buzinando para ela. – Dulce!
A morena olhou para o lado e ajeitou a mochila nas costas, deu um pequeno sorriso e foi até o carro.
— Oi, Dan. – encostou-se no vidro da porta da frente.
— Está indo pra casa? – ela assentiu. – Eu te levo.
— Estou perto, mais uns 15 minutinhos e chego.
— Pode chegar em cinco comigo. – esticou o braço e abriu a porta pra ela. – Vem, entra.
— Obrigada. – aceitou e entrou no carro.
— Por onde andava? – deu dois beijos no rosto dela, e então arrancou o carro dali.
— Fui correr no Leblon e acabei passando o resto da tarde lá pela zona sul. – sorriu ao falar. – E você?
— Voltando pra casa, fui jogar tênis com o Rafa. – comentou, e ela assentiu sem muito ânimo. – Ele me contou o que houve.
— Não houve nada. – desconversou.
— Ele me disse que você e o Christopher brigaram. – olhou-a de soslaio. – E que não atende as ligações dele e nem do Ale.
— Eu estou errada, Daniel? – arqueou as sobrancelhas.
— Sei lá, eu não ouvi a sua versão da história. – calmo.
— Eu não tenho versão. Christopher resolveu andar com as pragas dos seus irmãos, com o mulherengo do irmão dele, e com o faisquinha do Chávez. – cruzou os braços. – E além de terem ficado até a tarde no bar, ele nem se dispôs a me falar, agiu como se fosse solteiro por aí. – reclamou. – E ainda foi dizer pra eles que eu não dava atenção em casa. Faça-me o favor, Daniel! Reclamar de falta de sexo pra amigo, que coisa mais de adolescente.
— Faço questão de não opinar sobre essa parte. – riu, e ela negou com a cabeça. – Eu acho que Christopher é bem ajuizado, Alfonso pode ser o que for, mas morre de medo de perder a Anahí, e Christian tem medo da Maite. – olhou-a de lado. – E qual é? Alejandro é meio perdido, mas o Rafa tem juízo, ele cuida de você mesmo quando você não está perto.
— Cuida de mim uma ova! – emburrada. – Ele não tem coragem nem pra se divorciar da chata da esposa. Nenhum de vocês tem.
— Nos ofender não vai mudar as coisas. – calmo. – E só pra que você saiba, eu tenho tentado consertar o meu casamento. Ela não é de todo mal, poderia dar certo.
— Me desculpe. – olhou-o. – Não deveria me meter.
— Nós estamos tentando. – confessou. – Você não vai acreditar, mas passamos por poucas e boas nessa vida, e meu casamento me salvou muitas vezes.
— Gosta dela? – ele assentiu. – Por que eu não a conheço?
— Ela tem perguntado bastante de você agora. – sorriu pra ela. – Eu não me incomodo de apresentar vocês. E não apresentei a nossa mãe, porque ela não quis. Diz que quer esperar que o cabelo cresça para conhecer a nora. Coisa dela, né?
— Ela é vaidosa. – deu de ombros. – Bem, quando quiser, eu prometo ser bem simpática com a sua mulher.
— Obrigado. – sorriram juntos. – Queria poder te ajudar com o seu futuro casamento também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Leblon após às 22h
Storie d'amoreO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...