— Como é a relação dele com o Alejandro? – colocou o chiclete na boca. – O meu irmão.
— Como é a relação? – estranhou. – Como assim?
— Sempre foram tão amigos? Costumam andar tão juntos? O que eles fazem? Qual é a deles? – passou pelo lixo e jogou o papel ali. – Essas coisas.
— O que é isso? Globo Repórter? – gargalhou. – Vai rolar uma matéria especial ou o que?
— Não, besta! – soou descontraída. – Desculpe, vai, é que... sei lá, eu fico curiosa. Às vezes tenho a impressão de que o Alejandro se dá melhor com o Poncho do que com o Dan ou o Rafa.
— Imagine, Dul, seus irmãos são... irmãos, né? – deu de ombros. – É normal que tenham uns problemas de vez em quando. Poncho vive se desentendendo com o Christopher.
— Vive? – estranhou.
— Quantas vezes já não se pegaram por aí?! – girou os olhos. – Mas no final das contas, ainda são irmãos.
— Claro. – sussurrou. – E com o Alejandro...?
— São irmãos da vida. – brincou. – Se conhecem há muitos anos, Ale foi o nosso padrinho de casamento, esteve com o Poncho desde o início, acompanhou todo o nossos relacionamento, é super querido por toda a família... não sei, não consigo imaginar o Poncho longe dele.
— Alejandro é tudo isso? – surpreendeu-se.
Algo intrigava Dulce. A loira, assim como Cherry, parecia ter uma opinião tão diferente da dela sobre Alejandro.
Alguém, definitivamente, estava errada naquela história: seria Dulce ou seriam elas?
— Alejandro é parte da família. – concluiu. – Sempre será.
— Claro... – forçou o sorriso. – Fico feliz que... que a relação seja boa... assim.
— E por que tantas perguntas sobre o Ale agora? – olhou-a com curiosidade.
— Não, nada demais. – desconversou. – É que eu o vi hoje, aí agora vi o Poncho, e me lembrei... sei lá, era só curiosidade.
— Seremos tão unidas quanto eles. – brincou e a abraçou de lado. – Vai ver só na viagem em família.
— É, essa viagem... sim... – respirou aliviada quando se aproximou do noivo outra vez.
— Alguma notícia? – Anahí mirou os dois.
— Ainda nada. – Poncho arfou e a loira foi até ele.
— Trouxe água para vocês. – entregou uma garrafinha para o cunhado. – Vai por mim, é bom.
— Obrigado, Dul. – o advogado forçou o sorriso e pegou a garrafa.
— Você também, senhor. – sentou-se ao lado do noivo e lhe estendeu a garrafa.
— Obrigado. – pegou a garrafa.
— Olhe aqui. – sussurrou para ele. – Amor?
— Hm? – olhou-a.
— Ele vai ficar bem. – lhe sorriu. – Muito bem. – aproximou a boca do ouvido dele. – Não vai se atrever a ficar mal justo agora que ganhou a melhor nora.
— Dul! – o riso escapou.
— É um fato. – beijou-lhe o canto dos lábios.
— Te amo. – tocou-lhe o rosto e então a beijou devagar.
— Amo você. – sorriu entre o contato. – Beba sua água.
— E esse chiclete aí? – abriu a garrafa.
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Leblon após às 22h
Storie d'amoreO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...