Parte 116

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— Como é a relação dele com o Alejandro? – colocou o chiclete na boca. – O meu irmão.

— Como é a relação? – estranhou. – Como assim?

— Sempre foram tão amigos? Costumam andar tão juntos? O que eles fazem? Qual é a deles? – passou pelo lixo e jogou o papel ali. – Essas coisas.

— O que é isso? Globo Repórter? – gargalhou. – Vai rolar uma matéria especial ou o que?

— Não, besta! – soou descontraída. – Desculpe, vai, é que... sei lá, eu fico curiosa. Às vezes tenho a impressão de que o Alejandro se dá melhor com o Poncho do que com o Dan ou o Rafa.

— Imagine, Dul, seus irmãos são... irmãos, né? – deu de ombros. – É normal que tenham uns problemas de vez em quando. Poncho vive se desentendendo com o Christopher.

— Vive? – estranhou.

— Quantas vezes já não se pegaram por aí?! – girou os olhos. – Mas no final das contas, ainda são irmãos.

— Claro. – sussurrou. – E com o Alejandro...?

— São irmãos da vida. – brincou. – Se conhecem há muitos anos, Ale foi o nosso padrinho de casamento, esteve com o Poncho desde o início, acompanhou todo o nossos relacionamento, é super querido por toda a família... não sei, não consigo imaginar o Poncho longe dele.

— Alejandro é tudo isso? – surpreendeu-se.

Algo intrigava Dulce. A loira, assim como Cherry, parecia ter uma opinião tão diferente da dela sobre Alejandro.

Alguém, definitivamente, estava errada naquela história: seria Dulce ou seriam elas?

— Alejandro é parte da família. – concluiu. – Sempre será.

— Claro... – forçou o sorriso. – Fico feliz que... que a relação seja boa... assim.

— E por que tantas perguntas sobre o Ale agora? – olhou-a com curiosidade.

— Não, nada demais. – desconversou. – É que eu o vi hoje, aí agora vi o Poncho, e me lembrei... sei lá, era só curiosidade.

— Seremos tão unidas quanto eles. – brincou e a abraçou de lado. – Vai ver só na viagem em família.

— É, essa viagem... sim... – respirou aliviada quando se aproximou do noivo outra vez.

— Alguma notícia? – Anahí mirou os dois.

— Ainda nada. – Poncho arfou e a loira foi até ele.

— Trouxe água para vocês. – entregou uma garrafinha para o cunhado. – Vai por mim, é bom.

— Obrigado, Dul. – o advogado forçou o sorriso e pegou a garrafa.

— Você também, senhor. – sentou-se ao lado do noivo e lhe estendeu a garrafa.

— Obrigado. – pegou a garrafa.

— Olhe aqui. – sussurrou para ele. – Amor?

— Hm? – olhou-a.

— Ele vai ficar bem. – lhe sorriu. – Muito bem. – aproximou a boca do ouvido dele. – Não vai se atrever a ficar mal justo agora que ganhou a melhor nora.

— Dul! – o riso escapou.

— É um fato. – beijou-lhe o canto dos lábios.

— Te amo. – tocou-lhe o rosto e então a beijou devagar.

— Amo você. – sorriu entre o contato. – Beba sua água.

— E esse chiclete aí? – abriu a garrafa.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora