Parte 149

267 42 48
                                    

— CHRISTOPHER! – o arquiteto gritou. – Caralho! SAMUEL! PONCHO! EU ENTENDI!

— Entendeu o que? – assustado. – Que isso, cara?

— O que foi? – Poncho aproximou-se com Samuel.

— Temos mais uma visita agora. – o policial informou.

— Não, não, não! – Mateus os olhava, atônito. – Eu já sei como achá-la! Eu sei! Eu sei qual é a esfera!

— Do que está falando? – Poncho o olhou.

— O que houve com vocês dois? – Samuel os encarou.

— A esfera da Dolce é o sexo! – disse, e viu os três arregalarem os olhos.

— Que raio de esfera é essa? – Samuel esbravejou.

— Pensa comigo. – Mateus seguiu. – Sexo é o que aproximou vocês, sexo é o que esse infeliz quer com ela, sexo é a essência da...

— Marie. – Christopher completou. – É a essência da Marie! Eles não vão procurar nada na farmácia ou em padaria!

— Pra saber onde a Dolce está, basta saber se eles foram a qualquer lugar relacionado a sexo.

— Isso é sério? – Poncho perguntou.

— Sex shop! – Christopher gritou.

— Ela pode falsear um pedido! – Mateus animou-se. – Samuel, temos que ir pra lá!

— Vocês tem consciência do que estão falando? – o policial os olhou. – Isso faz algum sentido para... – o celular tocou. – Só um minuto.

— Faz total sentido! – Mateus insistiu. – Precisa nos ouvir!

— Não temos muito tempo! – Christopher completou. – Ela não vai conseguir despistar por muito tempo, nós temos que...

— Acharam? – Samuel perguntou e automaticamente todos se calaram. – Tem certeza de que é ela? Ok, sigam o carro! Eu estou a caminho! E importante: a equipe não se move daquela casa até que eu confirme que é ela!

— O que disse? – Christopher o encarou. – Samuel!

— Dulce foi vista na saída da cidade. – guardou o celular. – Anda, vamos recuperar a sua noiva, Christopher.

— Que? – os olhos marejaram instantaneamente. – É sério? Você tem certeza? É ela?

— Tudo indica que sim! – entrou no carro. – Vamos ver!

18 de Dezembro de 2014 – São José do Vale do Rio Preto – Rio de Janeiro, Brasil

Christopher tinha o coração batendo acelerado dentro do peito, imaginava mil maneiras de falar com ela, não sabia se a abraçaria, se a beijaria, não sabia o que faria primeiro. A única coisa certa em sua mente parecia ser o desejo de protegê-la. Ele precisava salvá-la outra vez.

Samuel dirigia atentamente, seguindo as indicações do sinal que a equipe havia lhe enviado. O silêncio prevalecia dentro do carro quando o toque do celular do policial interrompeu-os.

— Fala! – atendeu a ligação. – O que? Que? – bateu no volante. – Puta que pariu! Puta que pariu!

— O que foi? – Christopher o olhou.

— O que foi? – Samuel repetiu.

— Permissão para entrar. Faça o que tiver que fazer, ela é a única que eu quero viva ali dentro. – desligou e virou no retorno. – Não era a Dulce.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora