— CHRISTOPHER! – o arquiteto gritou. – Caralho! SAMUEL! PONCHO! EU ENTENDI!
— Entendeu o que? – assustado. – Que isso, cara?
— O que foi? – Poncho aproximou-se com Samuel.
— Temos mais uma visita agora. – o policial informou.
— Não, não, não! – Mateus os olhava, atônito. – Eu já sei como achá-la! Eu sei! Eu sei qual é a esfera!
— Do que está falando? – Poncho o olhou.
— O que houve com vocês dois? – Samuel os encarou.
— A esfera da Dolce é o sexo! – disse, e viu os três arregalarem os olhos.
— Que raio de esfera é essa? – Samuel esbravejou.
— Pensa comigo. – Mateus seguiu. – Sexo é o que aproximou vocês, sexo é o que esse infeliz quer com ela, sexo é a essência da...
— Marie. – Christopher completou. – É a essência da Marie! Eles não vão procurar nada na farmácia ou em padaria!
— Pra saber onde a Dolce está, basta saber se eles foram a qualquer lugar relacionado a sexo.
— Isso é sério? – Poncho perguntou.
— Sex shop! – Christopher gritou.
— Ela pode falsear um pedido! – Mateus animou-se. – Samuel, temos que ir pra lá!
— Vocês tem consciência do que estão falando? – o policial os olhou. – Isso faz algum sentido para... – o celular tocou. – Só um minuto.
— Faz total sentido! – Mateus insistiu. – Precisa nos ouvir!
— Não temos muito tempo! – Christopher completou. – Ela não vai conseguir despistar por muito tempo, nós temos que...
— Acharam? – Samuel perguntou e automaticamente todos se calaram. – Tem certeza de que é ela? Ok, sigam o carro! Eu estou a caminho! E importante: a equipe não se move daquela casa até que eu confirme que é ela!
— O que disse? – Christopher o encarou. – Samuel!
— Dulce foi vista na saída da cidade. – guardou o celular. – Anda, vamos recuperar a sua noiva, Christopher.
— Que? – os olhos marejaram instantaneamente. – É sério? Você tem certeza? É ela?
— Tudo indica que sim! – entrou no carro. – Vamos ver!
18 de Dezembro de 2014 – São José do Vale do Rio Preto – Rio de Janeiro, Brasil
Christopher tinha o coração batendo acelerado dentro do peito, imaginava mil maneiras de falar com ela, não sabia se a abraçaria, se a beijaria, não sabia o que faria primeiro. A única coisa certa em sua mente parecia ser o desejo de protegê-la. Ele precisava salvá-la outra vez.
Samuel dirigia atentamente, seguindo as indicações do sinal que a equipe havia lhe enviado. O silêncio prevalecia dentro do carro quando o toque do celular do policial interrompeu-os.
— Fala! – atendeu a ligação. – O que? Que? – bateu no volante. – Puta que pariu! Puta que pariu!
— O que foi? – Christopher o olhou.
— O que foi? – Samuel repetiu.
— Permissão para entrar. Faça o que tiver que fazer, ela é a única que eu quero viva ali dentro. – desligou e virou no retorno. – Não era a Dulce.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...