Parte 135

258 35 38
                                    

— Todos sabemos quem é a Telma. – Anahí disse, vendo que a sogra não falaria nada.

— O que? – Poncho a olhou com surpresa, sentiu o rosto empalidecer.

— Como eu disse. – mirou o marido. – Você me quer do seu lado.

— Por essa eu não esperava! – Alejandro mirou a loira. – Caralho, garota!

— Any... – Poncho balbuciava, sem saber o que falar.

— Conversamos depois. – ela lhe tocou a perna, sorrindo com leveza, absurdamente calma, segundo ele.

— Telma nunca aceitou que tirássemos a Dulce de lá. – Fernando seguiu.

— Dulce era dela? – Alexandra mirou o homem e logo o filho mais novo. – Ela era dela?

— Era. Ela era, eu a tirei, e faria de novo! – disse firme. – Eu não acredito que você conhece aquela mulher! – não conseguia assimilar tal fato. – Mãe! Meu Deus!

— Eu disse, Uckermann. – Alejandro sorriu com cinismo. – Sua família sempre foi um empecilho.

— Nunca nos envolvemos com ela! – Alexandra mirou o menino. – Não ache que você sabe de alguma coisa, rapaz!

— Ah, pra cima de mim, Alexandra? – ele levantou-se do sofá. – Se vocês quatro viviam enrolados! – apontou o casal e depois os pais. – Fizeram uma merda atrás da outra e tudo caiu sobre nós!

— Te aconselho a parar! – ela levantou a voz.

— Meu filho, chega! – Blanca o olhou.

— Não! Estou cansado de ficar quieto e levar a culpa sozinho! – gritou. – Porque nada disso aconteceria se você tivesse ficado quieto! – apontou Victor. – E não se metido com a mulher dos outros! Mas não... claro que não! A porra do Uckermann está sempre se metendo onde não deve!

— Baixe a bola, moleque! – Victor irritou-se.

— Alejandro! – Fernando o olhou. – Chega! Quem é você para resolver os problemas do passado?

— Por que ninguém está surpreso com isso? – Christopher olhou para os rostos dos demais. – Por que é que ninguém está surpreso? – gritou. – Por quê?

— Porque a piada é você, Uckermann. – Alejandro deu de ombros. – Sempre foi.

— Pessoal, por favor. – Daniel exalou. – Já temos uma situação suficientemente tensa pra resolver, não precisamos ficar remoendo o passado.

— Nós precisamos. – Alejandro insistiu. – E sabe por que precisamos? Porque os erros deles ainda esbarram em nós! Porque, por culpa de um cara que se casou com a mulher errada, seis vidas foram mexidas. – mirou Victor. – E o carma tão grande fez com que a minha irmã passasse pelo mesmo martírio.

— Alejandro, você é um moleque! – Victor o encarou. – Que se acha superior, e acredita que é melhor apenas porque sabe de uma ou outra coisa. Mas no frigir dos ovos, você é só uma criança ferida e frustrada. E que não aceita o fato de que a sua irmã, sem experiência e depois de ter estado tanto tempo fora, seja o maior orgulho dentro da sua casa. O que você tem é inveja, e isso não é culpa minha ou de ninguém mais nesta sala.

— Posso ser o que quiser, mas não estou destruindo a família de ninguém pra isso.

— Suficiente! – Fernando mirou os dois. – Chega de assunto do passado.

— Mãe? – Christopher mirou a senhora, que seguia séria. – Mãe...

— Querido... – olhou-o com carinho. – Me perdoe.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora