Parte 95

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— Soou bem direta. – deu um passo à frente e lhe beijou o rosto. – A gente se cruza de novo, então, Dulce Maria-que-está-noiva.

— Eu realmente estou. – disse firme. – Não perca o seu tempo pensando o contrário.

— Claro. – sorriu de lado. – Te vejo. E a propósito, está linda de batom vermelho.

— Meu noivo opina o mesmo. – encarou-o.

— Sei bem. – olhou ao redor, notando que não havia ninguém. – Ele se faz bem presente.

— Precisando de ajuda para encontrar a porta? – e pela primeira vez soou áspera.

— A gente se vê. – levantou as mãos em sinal de paz e então saiu dali.

— Hm. – bufou. – Nunca conseguem levar uma amizade sem segundas intenções.

— Dulce! – Maite se aproximou e a morena rapidamente virou-se para ela.

— Estava esperando vocês aqui. – forçou o sorriso.

— Any já vem. – encostou-se ao lado dela no balcão. – Está curtindo?

— Oi? – franziu o cenho.

— O lugar. – apontou ao redor. – Está curtindo?

— Ah... sim, claro. – assentiu. – É bem legal.

— A cerveja é bem boa. – sorriu de lado, e a morena a julgou um pouco alegre demais.

— Quer comer algo? – propôs. – Podemos voltar pra mesa, a Anahí pode nos alcançar depois.

— Não, por quê? – riu. – Bobeira. Viemos juntas, voltaremos juntas.

— Ok, tudo bem. – franziu o cenho.

— Escuta, Dulce... – virou-se de frente para ela. – Desculpe por tudo o que eu te disse antes.

— Já disse que...

— Mayra era louca pelo Christopher. – deu de ombros. – E não vou dizer que o namoro deles era ótimo, mas... tipo assim, ela não era infeliz. Achei que isso bastasse.

— Não precisa... – sem graça. – Não tem que me contar nada.

— Eu te julguei mal. – olhou-a. – Porque Mayra vivia falando de você, que você era incrível e isso e aquilo, e aí... você apareceu com o Christopher. Me desculpe.

— De verdade, está tudo bem. – insistiu. – São águas passadas.

— E eu não sabia se poderia confiar em você. – corou. – Não sabia se ficaria do meu lado ou do lado dele.

— Perdão? – chacoalhou a cabeça, a morena deveria estar realmente bêbada.

— Amo o Christian, sou feliz com ele, mas... – suspirou. – Sabe como é sexto sentido de mulher, né? Já tive muitas suspeitas, e não digo só dele, mas também do Alfonso.

— Maite! – arregalou os olhos. – Eu não quero ouvir sobre isso. De verdade, eu prefiro não saber.

— Disse tantas vezes para a Anahí que eu achava que o Alfonso a traía, do mesmo jeito que eu pensava que o Christian... – bufou. – E até o seu irmão, sabe? Alejandro. Eu tinha plena certeza.

— Você está bem bêbada. – lhe estendeu a mão. – Vamos voltar para a mesa, ok?

— Mas nunca provei, então... digo, eu saí de louca, né? – deu a mão para ela. – E depois de muito remoer isso, achei que era melhor não pensar a respeito e apenas aceitar o que eu escolhi pra mim. E a verdade é que amo o Christian, mesmo com todas as imperfeições e vacilos dele. – suspirou. – Não quero trocá-lo. Se houve uma pisada de bola antes, se ele errou, eu... eu prefiro não saber e seguir em frente com a relação boa que temos.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora