— Meia hora pra descer, pô! – Christina debochou e girou parte do corpo para trás. – E aí, vacilão, de boa?
— É... de boa. – cumprimentou o amigo e deu um toque no ombro do irmão. – Não viram descer ninguém do prédio?
— Não reparei. – Poncho franziu o cenho. – Por quê? Alguém específico?
— Não, nada. – endireitou-se no banco. – Bobeira.
— E a sua senhora, como está? – Christian o olhou através do espelho. – De boa por você vir?
— Nem acordou ainda. – coçou a cabeça. – Fomos jantar ontem na casa do Daniel, voltamos tarde, ela está desmaiada na cama.
— Ih, está convivendo com os cunhadinhos! – Christian gargalhou. – Entrou de vez para o lado Espinosa da força, hein?
— Já mandei você se ferrar, né? – bateu na cabeça. – Agora vai se foder, então.
— Como Dulce encarou o jantar? – Poncho acalmou o amigo.
— Ela ficou de boa, do Daniel e do Rafael ela gosta, né? – comentou. – O problema é o seu amigo.
— Ale está em viagem. – Christian comentou.
— Estou sabendo. – o arquiteto encarou a rua. – Fazia realmente tempo que não saíamos pra correr, né?
— Eu corro sempre, vocês é que são enrolados. – Poncho gargalhou ao falar.
— Você é o mais sedentário! – o irmão debochou. – Não se passe!
— Sou sedentário, mas estou em forma. – defendeu-se e os dois riram. – Pergunte para a Anahí se eu não dou conta do recado!
— Anahí não coloca defeito nem no óbvio, cara. – Christian riu do amigo. – Mas falei para o Poncho chamar você, porque tenho uma boa notícia e que envolve vocês dois.
— Manda. – Christopher inclinou o corpo no banco. – Qual a boa agora?
— Fechei a data do casamento. – os dois irmãos gritaram. – Novembro do ano que vem eu vou oficialmente para a forca!
— Puta que pariu, aleluia! – Poncho bateu na perna do amigo.
— Boa, cara! Até que enfim! – Christopher lhe bateu no ombro.
— Cacete, parem de me bater! – riu com eles. – Pô!
— Bem-vindo ao time, cara! – o arquiteto sorriu. – Agora de verdade.
— Valeu. – sorriu para os dois. – Sabem que serão os padrinhos, né? Tô com vocês e não abro mão.
— Com todo prazer, brother. – Poncho disse sincero. – Estamos aqui sempre, tu sabe disso.
— Eu sei. – olhou para trás. – E sua senhora será a madrinha contigo, viu? Já convenci a ferinha em casa.
— Tá de brincadeira! – surpreso. – Maite aceitou a Dulce?
— É a sua futura esposa! – deu de ombros. – É melhor que ela e a Mayra comecem a trabalhar a aceitação desde já. – riu ao final. – Não vou me casar sem o meu amigo por perto.
— Tu é foda, cara! – deu a mão para ele. – Obrigado por isso, de verdade!
— Vamos comemorar, porra! – Poncho gritou.
— Bora! – Christian gargalhou e aumentou o som do carro.
Há tempos não se propunham a fazer algo somente os três, ultimamente sempre tinham as mulheres ou até os trigêmeos envolvidos e participando de alguma forma; faria bem a eles poderem aproveitar a manhã sem a interferência de ninguém mais.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...