22 de Março de 2014 – Catete – Rio de Janeiro, Brasil
Dulce estava pronta para sair com a melhor amiga. Escolhera um short jeans preto e curto, e uma blusa branca, simples, sem brilhos. Não estava animada para a noite, aceitara apenas porque era Marcela, e ela sabia o quanto a melhor amiga queria vê-la bem.
— O porteiro interfornou. – Blanca disse ao entrar no quarto da filha. – Marcela já está aí.
— Obrigada, Mãe. Eu já vou descer. – colocou a sapatilha preta, e então levantou-se da cama.
— Meu Deus, como você está bonita! – sorriu encantada.
— Não fiz nada de diferente. – deu de ombros e olhou-se no espelho, a maquiagem nem estava forte, como de costume.
— E ainda assim continua incrível. – colocou o cabelo dela pra trás.
— Mãe, pelo amor. – revirou os olhos.
— Vá sair e volte com um genro pra mim, ok?
— Sai fora, Dona Blanca. – abraçou-a de lado. – Tem certeza que não quer que eu fique com a senhora?
— Tenho certeza que quero que você saia e aproveite ao máximo a sua juventude, porque você merece. – beijou o rosto dela.
— Não ligo nada de ficar em casa. – sorriu, adorando o pretexto.
— Anda, Dulce María. – empurrou-a para a porta. – Só se tem 20 anos uma vez na vida.
— Hunpf. – abriu a porta. – Te amo, Mãe.
— Eu também, Querida. Divirta-se. – beijou-lhe o rosto, e então acenou pra ela.
Dulce respirou fundo e pegou o elevador, descendo até o térreo, onde Marcela já a esperava dentro do carro.
— E aí? – deu o melhor sorriso que pôde para a morena.
— Uau, como você está gata, Dul! – disse, mais animada do que o normal.
— Pare de falar, porque eu não fiz nada de mais. – suspirou. – Pra onde vamos?
— Lapa. Mas pode tirar esse mau humor, hein? Porque gente mal humorada não anda comigo, e menos ainda num sábado a noite. – deu partida no carro. – Hoje será épico!
— Não duvido nada disso. – tentou sorrir, admirava o esforço da amiga.
Chegaram ao bar na Lapa, sentaram-se em uma das mesas do lado de fora, e pediram a primeira garrafa de cerveja. Aquilo era tudo o que pagariam durante a noite.
Começou pela batata frita paga pela mesa ao lado, logo mais uma cerveja da mesa da frente, uma caipirinha ali, outra porção ali, e elas tinham a noite feita.
O primeiro homem a se aproximar foi Allan, o loiro se jogou para o lado de Marcela, e a estudante não pensou duas vezes antes de cair nos braços dele.
Arthur se aproximou logo em seguida, sentou-se ao lado de Dulce e tentou inutilmente ter a atenção da morena. Ele era o tipo que normalmente atrairia a atenção da ruiva: pele clara, cabelo castanho, olhos escuros, corpo forte, sorriso fatalmente bonito, dentes perfeitamente claros. Mas não era Christopher.
Marcela foi embora mais cedo com Allan, deixando Dulce sozinha com Arthur; a ruiva garantira que não tinha problema ir embora com o homem.
Sem tentar nada a mais com Dulce, Arthur a levou até a casa no Largo do Machado. Estacionou o carro em frente ao prédio, tirou o cinto e virou-se de lado no banco.
— Bom, Dulce-que-não-pode-me-contar-nada-da-sua-vida... – riu. – Você está entregue. Sã e salva.
— Obrigada. E me desculpe te fazer desviar tanto assim.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...