Parte 18

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— Receio que...

— Dulce é estilista da Vogue, mãe. – interrompeu a ruiva. – Ela tem feito vários trabalhos para a Jeanne. Se lembra dela? – sorriu sem graça. – É Dulce María Fuentes. Isso o que ela quis dizer.

— Fuentes! Claro! – a mulher sorriu animada. – Jaime Fuentes. É a filha dele, não é? Que estava na Itália.

— Hm, não. – a ruiva franziu o cenho. – Receio que não. Não tenho parentes em grandes indústrias.

— Mas trabalha com a Jeanne? – quis confirmar.

— Sim, há mais de um ano. – deu um leve sorriso.

— Oh, Jeanne é minha amiga de longa data. – estendeu a mão pra ela novamente.

— É um prazer. – por fim pôde cumprimentá-la.

— Dulce fará os novos uniformes da empresa. – Christopher sorriu ao contar.

— Oh, até que enfim você trouxe alguém com bom gosto! Esses uniformes são lamentáveis para o nível do seu escritório. – revirou os olhos.

— Ela fará algo excelente. – orgulhoso dela. – A senhora pretendia ficar?

— Sim, tenho umas coisas pra falar com você. A reunião de vocês ainda demora?

— Não, de maneira alguma. – Dulce disse logo. – Nós já terminamos.

— Que ótimo! – Alexandra sorriu e colocou a bolsa na cadeira.

— Eu vou levar a Dul...ce até a porta. – repreendeu-se em pensamento. – Não demoro.

— Ok. Mande lembranças à Jeanne. – acenou para a ruiva.

— Claro. Foi um prazer. – sorriu sem graça e saiu da sala.

— Não mexa em nada, dona Alexandra. – avisou a mãe.

— Então não demore. – deu um riso irônico e sentou-se à mesa.

— Não precisa ir comigo. – a ruiva sussurrou. – A gente se vê depois.

— Dul. – entrou em uma das salas com ela e fechou a porta. – Espinosa? Sério?

— Eu sei! – ela bufou e levou as mãos ao rosto. – Entrei em pânico!

— Você entra em pânico e sai falando o nome do seu pai por aí? – pasmo.

— Ele não é meu pai! – brava. – E entrei em desespero! Ela é sua mãe? Eu não estava preparada pra topar com a sua mãe!

— Eu também não esperava que ela aparecesse hoje, mas não ia sair entregando você!

— Ela me deu desespero. – reclamou. – Já olhou pra ela? Ela é como uma rainha, cheia de joias e coisas.

—É só futilidade. – deu de ombros.

— Não sei mais lidar com isso. – sussurrou. – Ela me mediu dos pés à cabeça. Se eu não fizesse nada pra Vogue, acho que ela teria me pedido um café.

— Ela tem esse jeito no começo, mas...

— Por favor, nunca me apresente pra ela. – interrompeu-o. – Está na cara que eu vou passar longe de ser o par ideal pra você.

— O que? Você é exatamente o que eu quero e de quem eu preciso. – deu a mão pra ela. – Eu é que devo escolher, é comigo que você tem que se preocupar.

— Por favor, entre Mayra e eu, a escolha é meio óbvia.

— Sim. Você. – piscou. – Não vai se preocupar com a minha mãe agora, não é?

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora