Parte 117

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02 de Dezembro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

Dulce acordou antes mesmo do despertador tocar, desprogramou tal função e espreguiçou-se na cama. Virou-se para o lado e viu o noivo dormindo encolhido pela temperatura fria do ar-condicionado.

Cobriu ambos os corpos e aproximou-se mais do arquiteto, colocando-se caprichosamente entre seus braços; ele a apertou por inteiro.

— Bom dia, meu amor. – beijou o ombro nu dele. – Hora de acordar... – desceu a mão pelo corpo dele. – A vida nos espera.

— Minha vida está nessa cama. – sussurrou de olhos fechados. – Me assediando a essa hora da manhã, inclusive.

— Você não deveria dormir só de cueca assim. – deslizou a boca pelo pescoço dele. – E não é assédio se você também está querendo.

— Eu estou querendo? – sorriu sem abrir os olhos. – Quem disse?

— Sua cabeça debaixo. – a mão tocou o membro dele. – Acordei com pensamentos muito impróprios. Vai me ajudar a realizá-los?

Christopher abriu os olhos imediatamente e deparou-se com a mirada intensa dela e a maneira como mordia o lábio inferior enquanto esperava uma resposta dele.

Desceu a mão pelas costas dela, caiu até a bunda e apertou a região, vendo a noiva sorrir em resposta.

— Te amo. – puxo o corpo dela para cima do seu. – E amo acordar assim.

— Christopher. – sussurrou em seu ouvido. – Sou louca por você.

E foi daquela maneira que iniciaram a terça-feira, amando-se tão demoradamente, que terminaram os dois atrasados para o trabalho.

Não comentaram sobre a viagem que o arquiteto deveria fazer, Dulce não queria um clima ruim logo pela manhã, então decidiu que o mais prudente seria esperar para falar sobre isso apenas mais tarde.

Separaram-se na porta do elevador, e como ela já havia se atrasado o suficiente, aceitou pegar um táxi para chegar ao trabalho.

Prometeram que jantariam juntos, e por fim, despediram-se com um beijo.

02 de Dezembro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

Fernando chegara cedo ao escritório, vivia um de seus bons dias, onde sentia que tinha controle quase completo sobre o próprio corpo.

Logo que passou pela recepção, viu a sobrinha já conversando com as funcionárias, e então decidiu que começaria o dia resolvendo o principal problema: ela.

— Bom dia. – encarou a equipe. – Manuele, venha comigo.

— Bom dia! – a morena sorriu e o acompanhou. – Está muito bem hoje!

— É um dia bom. – seguiu até a sala. – Espero que permaneça bom.

— Sim, senhor. – estranhou, mas manteve o sorriso no rosto.

Foram em silêncio até a sala do homem, entraram e ela fechou a porta atrás de si. O senhor foi até a mesa, sentou-se com alguma dificuldade, e fez um leve gesto para que a morena sentasse na cadeira vazia.

— Está tudo bem? – ela perguntou, agora mais receosa, ele não era de tratá-la tão friamente.

— Você vai me responder, Manuele. – sério. – O que estava fazendo ontem no escritório do Uckermann? – ela arregalou os olhos. – Christopher Uckermann. O que estava fazendo lá?

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora