Determinação de Dois Mundos

170 14 101
                                    


— Mundos paralelos. – Dia falava, desenhando um diagrama no quadro-negro para que Ash pudesse compreender melhor – Pense neles desse jeito: uma estrada que se divide em dois caminhos.

— Uma bifurcação, como em uma caverna. – resume Ash.

— Exato. Esse é o caminho A, e esse é o caminho B. – Dia segue a explicação – Você pode viajar pelos dois, mas não pode estar nos dois caminhos ao mesmo tempo. Mas digamos... que você seja capaz de fazer isso. Esses seriam mundos paralelos. – ele faz linhas adicionais no diagrama – A estrada pode ter uma bifurcação de novo, e mais uma vez. Com cada bifurcação, um mundo paralelo novo é criado. Você e eu existimos em dois mundos diferentes, mas algum tipo de acidente aconteceu, e de alguma forma vocês vieram parar no meu mundo.

— Um acidente... – Ash pensa na colisão elétrica entre Pikachu e Tapu Koko – Coloque a explicação de uma outra forma.

— Tudo bem. Há dez anos, houve um incidente que mudou o futuro da Ilha de Melemele. – Dia passa para uma outra explicação, sobre o que ocorrera em seu mundo – Alguém comprou uma boa parte da terra, e realizou uma experiência imprudente, que transformou essa ilha, que já foi exuberante, em um deserto. As florestas, a água e o ar ficaram poluídos, e aí, chegou o fatídico dia... em que Guzzlord apareceu. Se você cometer algum erro em seu caminho, o mundo paralelo de onde você veio... poderá acabar do mesmo jeito que este mundo.

Ash e Pikachu sentiam o grande peso daquelas palavras, pensando na direção que o seu próprio mundo poderia tomar. Ele não gostaria de ver a Alola de seu mundo acabar do mesmo modo que esta.

_______________________

Mais tarde, ele e Pikachu estavam sentados frente ao rio que corria pelo terreno da escola, pensando em seus amigos... ele ergue a mão direita, olhando para sua aliança, e as lembranças de Serena lhe inundam a mente, enquanto Pikachu também pensava em Sylveon e seus amigos.

— Saudades de casa? – Ash olha para Dia, que se aproximara naquele momento.

— Sim... sinto falta dos meus amigos... – ele olha pra sua aliança de novo – Da minha noiva... a Escola Pokémon era muito divertida. A gente tava sempre se ajudando, trabalhando, sorrindo, e batalhando.

— Quer comer alguma coisa? – Dia pergunta, dando meia-volta e indo para o pátio, onde acende uma fogueira e coloca dois pratos de sopa de emergência, esquentando-a e levando-a para Ash e Pikachu.

— Muito obrigado. – Ash agradece com sinceridade – Certo, vamos comer.

— Pikaaa. – sorri Pikachu. Os dois então comem rapidamente o que lhes fora servido.

— Está ótimo. – Ash sorri – Mas espera. E o Zeraora...? – ele pergunta, no que Dia apenas olha pra cima, no topo da torre do sino, e Ash vai até lá – Zeraora! Vem comer com a gente! – ele convida. Zeraora olha brevemente para Ash antes de virar a cara de novo.

— Zeraora gosta de ficar sozinho. – explica Dia.

— Mas ele é seu parceiro, não é? – Ash ergue uma sobrancelha.

— Na verdade, não. Eu não o capturei. – Dia volta pra frente da fogueira – Então, eu não tenho ideia do que passa pela cabeça dele. Nossa vontade é mandar Guzzlord de volta para casa. – ele para de falar, mordiscando uma ração de emergência – Essa vontade foi a única coisa que nos uniu...

FLASHBACK

Perto de uma Ultra-Fenda Espacial, Guzzlord estava preso em um tipo de rede elétrica, enquanto dois andares acima, Dia tinha improvisado um enorme alabarda como um estilingue para atirar uma enorme viga de metal.

Pokémon Restructure - Arco AlolaOnde histórias criam vida. Descubra agora