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Assim que subimos e entramos no quarto, ela já foi se jogando na cama.

- E aí, como você está? - perguntei me sentando na cama ao lado dela.

- Cansada. - suspirando.

- Rs. Acho que seria bom você tomar um banho né?

- Ahh. - reclamou com preguiça.

- Vai Laur, toma lá que depois você deita e aí já descansa. - ela suspirou se leantando, acabou ficando tonta. Opa, calma aí! Tudo bem?

- Aham.

- Levantou muito rápido Laur. Lembra do que o médico falou, você tem que ficar de repouso.

- Vou lá tomar meu banho.

- Está bem pra ir sozinha?

- Aham.

Ela foi tomar banho e eu fiquei ali no quarto a esperando. Acho que acabei cochilando porque acordei no susto com um barulho, levantei rápido achando que tinha acontecido alguma coisa com ela.

- Laur, Laur? - saí a procurando enquanto a chamava, acho que ela se assustou porque apareceu só de calcinha e blusa, com a toalha na mão.

- Que foi Camila?

- Tá tudo bem? Eu ouvi um barulho...

- Tô bem, deve ter sido a porta do armário que eu bati sem querer.

- Ah, eu ouvi o barulho e me assustei, achei que tinha acontecido alguma coisa contigo. - até esse momento nem tinha me tocado da pouca roupa que ela estava na minha frente.

- Rs. Tô bem. - ela terminou de pôr a roupa e foi com a toalha na mão na direção do banheiro, não consegui desviar o olhar do seu corpo. Quando ela voltou, ainda estava que nem uma besta ali parada a olhando. O telefone do quarto começou a tocar me tirando do transe.

- Alô. - ea atendeu e era Maria avisando que já havia pedido os remédios e que em pouco tempo chegariam.

- Está com fomer? - perguntei.

- Não.

- Mas é bom você comer alguma coisa Laur. - insisti- Não devia dormir de estômago vazio, ainda mais pelo que aconteceu.

- Daqui a pouco, Camila.

- Ok. Vou tomar um banho, tá? Aí quando eu voltar a gente come. - ela só balançou a cabeça afirmando, mas antes de chegar no banheiro me virei pra ela- Me empresta uma roupa?

- Vai dormir aqui?

- Eu durmo ali no sofá - falei apontando pro sofá que tinha ali- só não achava bom te deixar sozinha. - completei, ainda estava meio chateada com ela mas nunca a largaria assim do jeito que estava.

Eu nem falei nada e ela já veio se defendendo. Também não respondi nada até porque não tinha o que falar, apenas me limitei a responder o que ela me perguntou.

- Pode pegar qualquer uma que quiser, tem ali no armário. - falei apontando na direção dele.

Fui tomar banho e ela ficou por lá, assim que voltei Maria chegou com o lanche e o remédio dela. Falei que ía lá fora ligar pra minha mãe e avisar que dormiria por lá. Quando voltei ela estava deitada assistindo televisão.

- Já comeu? - perguntei.

- Já, não estava com muita fome, pode comer se quiser. - comi um pouco enquanto ela via televisão.

- Tá com sono? - perguntei assim que acabei de comer.

- Um pouco.

- Acho melhor desligar essa televisão, não deve ser bom pra você, deve forçar muito a vista e a cabeça.

- Vou desligar.

- Bom, vou deixar isso lá embaixo. - falei me levantando da cama com a bandeja na mão.

- Não precisa, deixa aí que amanhã eles recolhem.

- Não, eu levo lá, até porque se deixar aqui pode dar bicho.

- Tá bom.

- Já venho.

Quando voltei ela estava deitada já, televisão desligada. Comecei a pegar os lençóis e travesseiros pra ajeitar no sofá pra eu dormir.

- O que você está fazendo? - Lauren.

- Arrumando as coisas pra eu dormir. - Camila.

- Pára de bobeira Dulce, deita aqui.

- Lauren falou batendo na cama no lugar ao lado dela.

- Não, prefiro ficar aqui mesmo.

Eu ainda fiquei parada meio sem reação, não acreditando muito no que eu ouvi, e ela como se não fosse nada demais apenas se virou de costas pra mim e deitou. Apenas me deu um boa noite, só consegui sussurrar um boa noite fraco pra ela. Um tempo depois de estar deitada eu ainda estava idignada e irritada, como assim ela tinha me dispensado? Afinal, qual era o problema de deitar do meu lado? Mas um tempo depois comecei a sentir meu olho pesar, devia ser efeito do remédio já, acabei apagando.

Óbvio que eu queria deitar ali com ela, mas ainda estava chateada com ela e a última coisa que eu queria era que acontecesse a mesma coisa que aconteceu no sábado, ou melhor domingo de manhã! E eu sei que se eu deitasse ali com ela, não ía resistir e acabaria acontecendo o que eu não queria.

Fiquei rolando maior tempão na cama, pensando nisso, não conseguia dormir. Até cheguei a olhar meio de relance pra ela várias vezes, mas ela continuava queita na cama, sem se mexer, provavelmente já estava chorando. Acabei pegando no sono muito tempo depois.

No dia seguinte ....

Qcordei com meu celular despertando, levantei e fui até a cama dela que ainda dormia. Sorri a olhando e fui pro banho, quando saí ela havia acordado mas continuava deitada.

- Acordou? - ela apenas acentiu com a cabeça- Desculpa pelo barulho, não quiz te acordar. - peguei a roupa que eu estava ontem e fui pro banheiro me trocar.

- Onde você está indo? - ela me perguntou quando voltei ao quarto.

- Pra aula né. - respondi me sentando na cama ao seu lado.

- Já?

- São sete horas já. Vamos? - falei a chamando mesmo sabendo que ela negaria, por isso ri ao falar.

- Ah não. Até parece que eu vou aparecer lá com essa cara toda inchada e horrível que eu tô. - Sorri pra ela. Horrível? Aos meus olhos continua linda.

- Você não está nada horrível. - falei fazendo carinho bem de leve na testa dela, com cuidado.- continua linda.

Continuei descendo a ponta dos meus dedos fazendo o contorno do rosto pela lateral até chegar ao seu queixo. De repente um barlho começou a ecoar no quarto, nos assustamos, tirei meu dedo do seu rosto. Era o celular dela, já fiz cara feia mas ela se virou pra mim depois de ter deixado o celular em cima do travesseiro.

- Era o despertador, pra tomar o remédio. - sorri de leve, porque já estava achando que era alguém.

- Tá aonde? - perguntei.

•Cᴀᴍʀᴇɴ √ •R̶єntαl G̶írlF̶ríєnd• 1ᵗ Onde histórias criam vida. Descubra agora