Talvez o choro fosse incentivado também porque eu estava bebendo, sei lá... Comecei a ouvir um barulho, percebi que era meu celular, olhei e vi que era a Camila ligando, deixei tocar, não queria falar com ninguém, não queria que ninguém me visse chorando. Mas ela não desistia, ligou umas duas vezes eu acho, e então meu celular começou a apitar avisando que era uma mensagem na caixa postal, resolvi ouvir só que quando apertei pra ouvir a Camila estava ligando ao mesmo tempo e acabei atendendo a ligação dela sem querer, mas quando vi já tinha ído, mas não falei nada, fiquei muda no telefone.
- Alô.. Laur.. Laur, fala comigo. Lauren?? - a morena continuava quieta mas como ainda chorava, Camila ouviu ela fungando- Você tá chorando? Laur.. Laur, por favor.. o que tá acontecendo?? - Lauren não aguentou mais ouvir e desligou o celular.
Ela desligou e eu fiquei mais aflita ainda por vê-la chorando, já estava ficando tarde e não sabia onde ela estava. Tentei ligar de novo, mas agora só dava caixa postal, provavelmente deve ter desligado. Continuei tentando por muito tempo ainda, mas nada de conseguir, estava ficando desesperada já.
- Onde você está meu amor?? - eu andava de um lado pro outro do quarto, já estava começando a pensar merda e se ela demorasse muito ainda eu ía sair pra ir atrás dela.
Desliguei o telefone pra não correr o risco dela ou mais alguém me ligar, queria ficar sozinha. Até porque ela percebeu que eu chorava e ía ficar me enchendo o saco querendo saber o que tinha acontecido. A garrafa já estava na metade e eu não tinha intenção nenhuma de sair dali tão cedo, eu não conseguia para de chorar porque as lembranças continuavam vindo. Me lembrei de outro dia também que pra mim foi a gota d'água. Era meu aniversário de doze anos, eu acho, estava tendo uma festinha lá em casa.
Minha mãe não estava pois tinha ficado presa com um dos seus clientes que tinha ído atrás da mulher querendo esfaqueá-la, pois é, olha o tipo de gente que minha mãe defende! Estava triste mas pelo menos tinha meu pai ali comigo mas... Rsrsrs.. não durou muito tempo, porque num determinado momento ele me chamou num canto dizendo que tinha recebido um telefonema e teria que ir pro hospital porque um paciente dele tinha piorado e aparentemente precisava dele lá com urgência, como se eu não precisasse também né?? Eu poderia ficar sozinha na noite do meu aniversário...
E pasmem, sabe o que ele respondeu? "A Maria vai ficar aí com você e prometo te recompensar com o presente que você quiser amanhã tá, minha filha?" .... Me deu um beijo e saiu. O odiei tanto por aquilo mas me recusei a chorar ali na frente dele e dos outros, foi nesse dia que tomei meu primeiro porre e também foi o divisor de águas na minha vida, a partir desse dia eu nunca mais fui a filhinha do papai que era, me revoltei e nunca mais tivemos uma boa convivência. Afinal se eles não me queriam eu também não faria mais questão da presença deles, afinal não pedi pra nascer. E a partir desse dia passei a acompanhar a vida deles pelas revista, jornais e até mesmo televisão, porque raramente os via em casa, e é assim até hoje.
- Que merda!! Eu tentava parar de chorar mas era em vão. - fiquei ali sentada por um tempo ainda, de cabeça baixa, até que ouvi um barulho, pareciam vozes.
- Ora, ora... O que temos aqui...- ouvi vozes seguidas de umas risadas, levantei rápido, assustada.
- Que beleza hein! - o outro garoto falou, eles vinham na minha direção e eu caminhava pra trás, com medo.
- Calma lindinha, não precisa ter medo!
- O que vocês querem? - perguntei, eles pareciam estar meio bêbados.
- Rs.. o que a gente quer Nate? - o menino falou com o outro que continuavam rindo e vindo na minha direção. Nate? Esse nome não me é estranho, de repente me lembrei da cara deles, são os amigos do Justin que abordaram a mim e a Camila aquele dia no ponto!
- Nada ué, só viemos te fazer compania. - o tal do Nate estava atrás de mim e foi ele que falou.
- Eu já estava de saída. - falei e tentei me afastar mas ele me puxou pela cintura, me fazendo colar no corpo dele.
- Calma gatinha... Tá com pressa?
- Nate perguntou beijando meu pescoço, fechei os olhos pra me segurar, que nojo!!- Fica calminha, não vamos fazer nada que você não queira. - o outro que estava na minha frente falou rindo.
- Então me deixa ir. - pedi.
- Calma, você já vai, prometo que vai ser rapidinho. - os dois riram, minhas pernas estavam bambas.
- Me solta! - tentei sair de novo.
- Calma garota, você tá muito nervosinha. Deixa a gente te acalmar..- ele continuava sorrindo
e de repente senti as mãos dele sobre meu seio, ele apertava e me puxou pela cintura, senti ele excitado e aquilo me deu um desespero muito grande.- Me deixa ir, por favor.. - implorei.
- Você já vai, calma... - o outro falou passando a mão na minha perna. Eles riam me tocando, senti meu rosto ser molhada pelas lágrimas, não queria mas o medo do que poderia vir a acontecer me deseperava- Não chora, minha linda, prometo que vamos ser bonzinhos com você!
Ele veio pra me beijar enquanto o outro passava a mão na minha perna. Estava me sentindo num beco sem saída, afinal já estava tarde e estávamos num lugar super deserto, não tinha ninguém ali e eu sozinha contra esses dois? Nunca eu iria conseguir me livrar deles! Mas quando eu senti a boca dele na minha e o hálito de bebida, senti um nojooo tão grande que mordi seu lábio, pra ele se afastar de mim!
- Ai! - o garoto se desgrudou de mim com a mão na boca que sangrava. O outro se assustou com o grito dele e se afastou um pouco também- Sua vaca! - só senti a mão dele no meu rosto, me deu um tapa que chegou a queimar.
- Que houve Rodrigo? - Nate perguntou vendo o que ele tinha feito, eu estava com a mão no rosto ainda.
- Essa vadia me mordeu! - esbravejou tirando a mão da boca
e vendo que sangrava.- Hahhahaah.
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•Cᴀᴍʀᴇɴ √ •R̶єntαl G̶írlF̶ríєnd• 1ᵗ
Fanfic17 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ➪ ᴅᴇ ᴍɪɴʜᴀ ᴀᴜᴛᴏʀɪᴀ √ ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ Umapessoaai2 S͎I͎N͎O͎P͎S͎E͎ - Eu queria ela.. - Eu nem a conhecia.. - Eu sempre a amei.. - Eu nunca me apaixonei.. pra mim o amor não existe!! - E...