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- Bom, Vero me ajuda aqui, traz a maca, vamos ter que te levar pro hospital tá? Pra fazer todos os exames e tal. – ele falava com Lauren, depois se virou pro menino e completou- Você também. Temos que ver como está esse braço aí, está bem inchado.

- Hospital? – ela perguntou reclamando.

- É, por segurança. – ele respondeu
- E a minha bicicleta? – o menino perguntou.

- Pode deixar que eu peço pro guarda recolher e levar pro hospital. – ele respondeu.

- Valeu. – o menino respondeu.

- Por favor..você é amiga dela? – me perguntou.

- Sim, o que houve? – perguntei.

- Ainda não sabemos bem, mas vamos ter que levá-la pro hospital pra fazer todos os exames e tal, mas entraremos em contato, deixe seu número com o policial que ligamos. Vem, vamos! – falou pegando Lauren no colo e a colocando na maca.

- Espera! Eu não posso ir com vocês?

- Infelizmente não podemos levar acompanhante na ambulância. – enquanto ele falava empurrava a maca.

- Peraí. – Lauren pediu e ele parou- Camila, por favor, você não vai me deixar sozinha né? – ela pediu inclinando sua cabeça pra me ver porque eu estava atrás dele. Nada respondi, apenas olhei pra ele que revirou os olhos antes de responder.

- Tá bom, tá bom, mas anda, sobe logo antes que eu me arrependa. – sorri pra ele- Anda, vamos. – falou com a médica que trazia o menino.

Entramos na ambulância, o menino sentado num canto enquanto ela estava deitada na maca e eu fiquei sentada no chão mesmo ao seu lado.

- Como você está?

- Com dor de cabeça.

- Isso é normal? – perguntei pra médica que estava sentada ali ao nosso lado.

- É, ela bateu com a cabeça. Por isso estamos indo pro hospital pra fazermos os exames e tirarmos todas as dúvidas.

- Hum. – respondi apenas, eu estava meio nervosa, preocupada.

- Fiquem tranqüilas meninas, já, já estamos chegando.

E realmente em menos de dez minutos chegamos. Assim que descemos dois enfermeiros nos esperavam com duas cadeiras de rodas.

Eles tiraram ela da maca e puseram sentada na cadeira, assim como o menino.

- Precisa realmente disso? – Lauren.

- São regras do hospital. – enfermeiro.

E assim entramos. Deixaram os dois numa salinha, cada um em uma cama.

- O médico já vem falar com vocês, tá? – o enfermeiro que nos trouxe falou.

- Tá bom, obrigada. – respondi.

- Nosso trabalho acaba por aqui. – a médica. Os dois se despediram e saíram, em alguns minutos uma médica entrou na sala.

- E então, o que temos aqui? – ela perguntou se dirigindo a ele.

- Ah eu tô bem, pode examinar ela primeiro. – a médica sorriu antes de responder.

- Desculpa, eu nem me apresentei, sou a Dra Márcia e está vindo outro médico aí pra atender os dois rs. – ela mal acabou de falar e outro médico adentrou a sala.

- Olá, boa noite!

- Boa noite. – nós duas respondemos.

- E então, o que aconteceu aqui? – ela continuou perguntando a Lauren e enquanto ela a examinava o menino saiu com a Dra Márcia pra fazer exame no ombro também, assim que o médico da Lauren terminou, pediu que ela se sentasse na cadeira de novo pra irem pra sala de raio-x. Eles estavam indo e eu atrás quando ela parou e se virou pra mim- Sinto muito, mas você não poderá ir.

- Ah sim. – respondi.

- Espera, ela não poder ir, por que? – Lauren.

- Apenas os pacientes e a equipe podem entrar na sala, desculpem.

- Mas eu não quero ficar sozinha, por favor! – ela pediu, ela estava com uma cara tão assustada, mal reconheci a Lauren ali.

- Só um minuto. – pedi ao médico que concedeu, me abaixei ficando na altura dela- Laur, fica tranqüila vai dar tudo certo e eu vou estar aqui quando você voltar, tá? – terminei com um meio sorriso, acho que ela se aliviou um pouco, dei um beijo na sua testa e ele a levou.

Assim que ela saiu me lembrei da minha mãe, já eram quase sete horas e eu falei que ia sair só pra dar uma volta no calçadão, ela deve estar preocupada comigo, não sei como ainda não me ligou. Resolvi ligar pra ela.

- Oi mãe.

- Camila! Que demora, onde você está?

- Ah desculpa mãe, mas é que aconteceu uma coisa, eu tô no hospital.

- Hospital?? O que aconteceu, você está bem??– ela perguntou deseperada.

- Calma, mãe, não aconteceu nada comigo foi a Lauren. – ela pareceu mais aliviada, então expliquei pra ela a história toda.

- Nossa, mas ela está bem?

- Ainda não sabemos mãe, mas espero que sim.

- Quer que eu vá praí, filha?

- Não precisa mãe.

- Tá, qualquer coisa me liga então, filha.

- Tá pode deixar. Beijos mãe.

- Beijo, tchau.

Desliguei o telefone e me sentei no sofá pra esperar, em pouco tempo o menino chegou com o braço enfaixado.

- Te deixaram sozinha? – ele perguntou sorrindo.

- Pois é, rs. E você, está bem? – perguntei apontando pro braço dele enfaixado. – ele riu.

- Umas semaninhas mas vou ficar bem rs. E sua amiga?

- Estão fazendo os exames nela ainda..

- Espero que ela fique bem.

- Eu também!

- Ela é muito especial né? – ele perguntou e eu apenas sorri, ele acompanhou meu sorriso antes de responder- Ela tem sorte de ter alguém assim como você... – sorri sem graça e nessa hora um enfermeiro entrou.

- Peter, aqui está sua auta e os remédios que você deve tomar. – falou o entregando.

- Ah sim, obrigado.

- De nada. – o enfermeiro saiu da sala.

- Bom, então é isso, eu já vou.

- Ok, melhoras aí.

- Brigado, pra sua amiga também rs. Tchau.

- Tchau. – ele piscou pra mim e foi embora, assim que ele saiu a Lauren chegou.

- Prontinho. – a enfermeira falou a ajudando a sentar.

- E aí, como foi? – perguntei afobada.

- O médico já vem aqui pra falar com vocês. – e saiu.

- Está se sentindo bem? Você está branca.. – falei passando a mão na sua testa, mas antes dela responder o médico entrou.

- Oláaa.

- Oi. – nós duas respondemos.

- E aí? – me adiantei de novo, ele riu antes de responder

•Cᴀᴍʀᴇɴ √ •R̶єntαl G̶írlF̶ríєnd• 1ᵗ Onde histórias criam vida. Descubra agora