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Deidara acordou em um lugar parecido com o de seu sonho. Estava zonzo, perdido. Estava amarrado novamente, bem forte. No pesadelo não sentia tanta dor, mas os locais presos doíam bastante, cordas finas, mas muito apertadas e com várias voltas dadas nas regiões.

Olhou em volta quando sua visão voltou ao normal, percebendo que era mesmo sua intuição o avisando através de sonhos. As kunais envenenadas estavam perfeitamente alinhadas em direção ao seu peito, subindo em linha reta até sua testa. Conseguia ver o líquido mortal escorrendo das pontas com perfeição.

Não estava tão assustado com aquele fato, já tinha conhecimento do que não poderia fazer naquele momento. Se mexer não era nem uma opção.

Suas costas estavam doloridas com o baque que sofreu e a posição naquela cadeira não o favorecia em nada para diminuir aquele incomodo. Porém, realmente não podia se arrumar ou seria morto.

Finalmente ouviu aquela conversa atrás de seu corpo, arregalando os olhos e ficando apreensivo. Tentava reconhecer as vozes, mas a masculina parecia querer se abafar para não ser reconhecida, e a distância ajudava bastante. Engoliu em seco, haviam arrancado suas bolsas de argila e nao sabia o que poderia acontecer se usasse as correntes de chakra que havia acabado de descobrir que possuía. Podia morrer naquele mesmo segundo.

A feminina estava igualmente irritada, idêntica a de seu sonho. Parecia brigar por algo que Deidara não conseguia ouvir, lhe trazendo uma agonia intensa. Aquilo era extremamente sufocante.

Esperou o barulho das pancadas, ficando curioso para saber quando elas começariam.
Não sabia se queria que elas começassem ou não.

Porém, para sua sorte - ou azar - elas começaram. Alguns socos foram distribuídos até o grito da mulher ecoar por aonde quer que estivesse, mostrando o barulho do corpo caindo em seguida. Ouviu o barulho da katana adentrando a bainha da arma branca e logo depois os passos se aproximando.

Estava começando a se assustar. Só queria seu namorado naquele momento. Queria que fosse ele o defendendo, mas sabia que só estava se iludindo.

O homem finalmente chegou perto de seu corpo, passando duas mãos geladas por seus ombros e apertando forte demais. Normalmente se arrepiaria, pois Tobi as vezes fazia aquele tipo de carinho em si, mas não era o Uchiha. Além de que Obito era super carinhoso.

- Deidara, como você está? - o loiro congelou ao saber quem era o maldito.

- S-sasori...- sussurrou assustado. Não sabia como ele estava vivo, mas realmente não queria saber. - p-Por que me pegou, hm? - perguntou direto. Não podia baixar a guarda para seu antigo parceiro.

- vi que estava com um tal de Tobi. - comentou baixo, ainda apertando seus ombros. - sabe que não posso te deixar com alguém igual a ele.

- você não pode opinar em com quem eu fico ou não, hm! - tentou usar sua arrogância a seu favor.

- posso, você sabe que posso. - riu debochado.

- por que está fazendo isso, hm?! - perguntou novamente.

- simples, oras. Você me substituiu tão facilmente. - disse baixo, parecendo estar magoado. Mas Deidara sabia que era só encenação.

- eu e você nunca tivemos nada, hm! Não venha dizer que me amava, você nem coração tem, hm! - exclamou bravo. Já teve uma queda por Sasori enquanto eram uma dupla, mas nunca foi correspondido. Agora que estava com alguém que o valorizava, ele voltava como se não quisesse nada?

- um bom ponto para ser pensado. - concordou. - mas isso não me impede de te transformar na minha arte eterna. - Deidara arregalou os olhos. Havia descoberto a intenção do ruivo.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora