false innocence - Tobidei | Obidei

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Ficaram quietos por pelo menos dez minutos, Deidara fazia carinho nas costas fortes do maior e sussurrava que ia ficar tudo bem, que o amava, sentindo ele se acalmar pouco a pouco.

Quando teve certeza que ele estava melhor, se afastou levemente e o encarou de pertinho, a testa do maior se colando na sua para não quebrarem nenhum contato carnal.

- tudo bem? Posso te curar, hm? - interrogou preocupado, fazendo uma carícia leve próxima ao corte maior de seu lábio, o vendo concordar lentamente.

- obrigado por sempre estar do meu lado, amor. - ele agradeceu gentil, ignorando a dor que sentia na boca e beijando o dedinho que lhe tocava. - te amo tanto...

- eu também te amo, hm. - sussurrou de volta, começando a curá-lo com as mãozinhas, fechando as feridas com seu chakra e fazendo o mesmo com seus punhos machucados. Quando terminou, o olhou e se sentou em uma das banquetas, ficando quase do mesmo tamanho que ele e o puxando para ficar no meio de suas pernas. - agora me conta: o que aconteceu para vocês brigarem, hm?

Obito suspirou alto, o abraçando pela cintura e abrindo ainda mais suas coxas para ficar bem confortável ali, colando mais seus corpos - como se isso fosse possível.

- ele é meu pai, Deidara. - o loiro sentiu o peito apertar ao ouvir a voz chorosa de Tobi. - hashirama é meu pai e Madara, tecnicamente, minha mãe. Ele tem o mesmo jutsu que você. - resumiu baixinho, o loiro começando a tentar o acalmar novamente.

O Uzumaki começou a se sentir culpado por ter caído no sono, não deveria ter adormecido e deixado Obito sozinho no meio daquelas pessoas que ele não confiava, principamente após saber que ele era filho de hashirama.

Deveria ter ficado ao lado dele, o protegendo daquele choque de realidade que recebeu absolutamente do nada.

- tá tudo bem, amor. Tá tudo bem, hm. - disse suspirando, tentando passar confiança de que tudo ficaria bem e que não importava quem eram seus pais.

- eu nem me importo dele ser meu pai, nem ligo. O único problema é que o que o Madara sofreu sendo pai e mãe solteiro quando ele, antes, estava feliz sendo Hokage e tendo outra esposa e filhos, deixando meu pai praticamente morto, grávido e em uma caverna escura, sobrevivendo com uma estátua praticamente oca. - reclamou, Deidara cada vez mais encantado em como Obito se importava com Madara, em como ele não se importava em quem mais fazia parte de sua família e sim com o que seu pai sofreu para o criar quase que sozinho.

Ele seria uma ótima figura paterna quando tivessem filhos, tinha certeza disso.

- v-você ficaria bravo comigo...se eu te falasse que soube antes de você, hm? - não queria guardar isso de Tobi, se confessando e vendo ele o olhar assustado, indignado e desacreditado pelo que disse.

- como assim? Por que não me contou, inferno? - indagou irritado, apertando sua cintura com força e o fazendo soluçar com medo.

- e-eu soube há pouco tempo, o-ouvi quando você disse para ir ver o que eles estavam fazendo lá fora, hm. - se explicou desesperado, receoso de deixar seu noivo com raiva.

O Uchiha respirou fundo, relaxando. Não queria que Deidara sentisse receio de falar consigo, não novamente.

Ele não tinha culpa, nem ele e nem o mais velho. Eles apenas queriam o seu bem e não estavam tão errados de esconderem aquilo. Sabiam que iria surtar quando soubesse.

O puxou para mais perto ainda, tomando seus lábios com carinho e iniciando um beijo gentil, não ficando no óculo por muito tempo.

- d-desculpe por não dizer antes, hm. N-não acho que tinha esse direito de esconder de você, hm. - Deidara se encolheu na banqueta, fazendo um biquinho triste e olhando para o chão, envergonhado e magoado por não ter lhe dito antes.