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Foi no segundo banheiro com as coisas de limpeza. Apesar de estar um sol forte lá fora, estava frio igual de manhã, dificultando um pouco por causa da água gelada.

Viu que um dos clones de Obito estava lá, então foi para o terceiro quarto que deveria ser de Sasuke. Suspirou e viu por onde deveria começar.

Decidiu que tiraria as coisas de cima primeiramente e depois limparia o mais pesado.

Enquanto retirava as roupas de cama refletiu e viu que não poderia mais chamar o emo de revoltado. Ele tinha seis anos quando tudo aconteceu, então lhe dava dó ver as coisas infantis de uma infância destruída.

Haviam ursinhos de pelúcia espalhados pelo quarto, outros tipos de brinquedos e desenhos de giz pelo chão e perto dos rodapés. Certeza que Itachi havia o acobertado naquelas obras de arte. As prateleiras tinham fotos de si com o moreno de cabelos longos junto com o tal do Shisui, que na verdade era bem parecido com ele.

Terminou de tirar os lençóis e jogou no primeiro canto que viu, começando a retirar o colchão também. Era uma cama-berço, ou seja, um berço sem um dos lados das grades de proteção, isso com certeza facilitava o trabalho de Mikoto e até de Itachi.

Levou as coisas para o lado de fora e deixou estendidos no varal, voltando para dentro de casa e indo em direção ao mesmo quarto.

Porém estranhou ao ver Obito lá, parado e observando o cômodo.

- o que aconteceu, hm? - perguntou e ele o olhou estranho.

- é meio triste, né? - foi uma afirmação com um tom magoado. Deidara ficou confuso.

- sim, hm. É um clima pesado, mas por que estava me falando isso, hm? - ficou preocupado ao ver a feição tristinha do Uchiha.

- não sei como ainda está comigo. - o loiro se aproximou e o encarou bem firme, ficando bem pertinho dele para tentar entender. - eu sou o culpado de não ter ninguém morando nesse clã, de só ter três sobreviventes. - completou baixinho.

O mais baixo respirou fundo e apenas o abraçou com força. Não sabia o que falar para ele e tentava buscar palavras, mas não conseguia.
Sentiu o mais velho o agarrar fortemente, quase que o amassando contra seu peito. Fez carinho em sua nuca enquanto sentia o mesmo chorar em seu ombro.

- as vezes acho que sou louco. - falou choroso e o menor estranhou.

- você não é louco. Você é traumatizado, hm. - o respondeu enquanto dava um beijinho no pescoço alheio para tentar o acalmar.

- você é a única pessoa que me suporta de verdade. - riu triste.

- eu não te suporto. - o sentiu ficar tenso entre seus braços. - eu te amo, hm. É diferente, amor. Quem ama não suporta porque quer por perto. - terminou de falar e o apertou ainda mais.

Foi levantado do chão para ficar no colo do mais velho, mas sem segundas intenções, ele só queria mais contato consigo. Em resposta, abraçou sua cintura com as pernas e deixou ele descansar a cabeça em seu ombro novamente enquanto fazia carinho em suas costas.

- agora me fala: o que mais te incomoda, hm? - perguntou após um tempinho quieto. Conhecia ele bem o suficiente para saber que tinha algo a mais entalado em sua garganta.

- tem algumas coisas...- começou e suspirou alto. - temos que ir de atrás do Sasuke, conversar com ele, explicar tudo. Temos que fazer seu teste de DNA com o Naruto...- Deidara arregalou os olhos e se afastou um pouco para o olhar nos olhos.

- como assim, hm? - perguntou em um misto de surpresa e confusão.

- conversei com a Godaime e ela iria falar com o jinchuuriki.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora