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O loiro continuou o olhando confuso. De que diabos ele falava?

Porém, resolveu ignorar isso e puxou outro assunto que rendeu por mais algumas horas. Haviam deixado os recipientes vazios na cômoda com a promessa que amanhã levariam para a cozinha, pena que os dois sabiam que era mentira. Provavelmente apanhariam de konan por isso.

Eram onze da noite quando Deidara bocejou e indicou que estava com muito sono, piscando os olhinhos azuis várias vezes para não cair deitado.

- Vamos dormir, você está quase dormindo. - Obito disse e abriu os braços fortes num chamado mudo para que o loiro se acomodasse ali.

- Hm, eu não tô com sono. - resmungou e tirou a toalha do cabelo já seco, colocando no chão.

Olha a hipocrisia. - o moreno pensou, mas olhou bravo para o mais novo.

- você está tombando para os lados. Deixa de ser teimoso. - rosnou e Deidara o encarou manhoso, engatinhando até o peito trabalhado e se encostando ali.

Quando estava naquele estado, sem nem aguentar com os olhos abertos, ficava um dengo que só por Deus. Então não iria nem discutir com o mais velho, pois sabia que ele tinha razão.

O Uchiha se arrumou na cama, se deitando e ajeitando o loiro sobre seu braço, o fazendo de travesseiro para o menor - mesmo que tivessem outros espalhados pelo colchao - O mais novo ficou do jeitinho que queria, se encolhendo da maneira que sempre dormiu. Era estranho ficar agarrado com alguém na cama principalmente quando nunca teve essa sensação, mas era algo tão bom.

Obito começou a acariciar seu cabelo, fazendo Deidara ir ficando cada vez mais sonolento, dormindoem poucos minutos. Mas antes de entrar no mundo dos sonhos sentiu um beijinho no topo de sua cabeça, o que o fez sorrir.

O mais velho continuou fazendo carinho nos fios longos, tendo cuidado para não puxa-los com força e não acordar o menor. O ressonar baixinho começou rapidinho, indicando que o loiro estava dormindo pesado.

Não sabia a resposta de Deidara sobre a sua declaração, mas esperava que fosse o melhor resultado. Mas, de um jeito ou de outro, também se preparava psicologicamente para uma talvez rejeição. Já tinha recebido um não de Rin, o que seria uma adição para a conta?

Lembrava da garota sorrindo tão inocente. Os olhos que transmitiam pureza e alegria a todo momento. Até os sermões eram fofos. Aquelas marquinhas nas bochechas eram tão mordiveis.

Na verdade, o loiro lembrava a Nohara. O olhar bravo, mas tão inocentado, a carinha vermelha de raiva. Seu antigo paraíso eram as manchas roxas de Rin, mas agora seu novo mundo eram os olhos azuis como o céu de Deidara.

Todos os surtos eram fofos, as bochechas infladas eram adoráveis e a voz que o mais novo tentava deixar grossa era maravilhosa, um pouco engraçada, mas encantadora.

Porque veja; o menor tinha um timbre mais agudo, mas sempre o forçava para ficar mais grave. O que deixava sua voz parecer esquisita. Mas por que iria reclamar? Amava.

Ah, quase se esquecia do que Harumi havia falado durante a missao: kakashi Hatake. Se ele gostava de si, por que vivia o maltratando e o fazendo se sentir mal?

Deveria ser loucura da cabeça da garota, pois a linha de raciocínio dela era estranha. Ficava com uma pulga atrás da orelha sobre isso por conta da inteligência da Hyuuga, mas também preferia ignorar.

O albino era uma das últimas pessoas que queria ver no momento. Pois naqueles dias tentaria se focar em coisas básicas: Deidara, Itachi, Sasuke e Madara.

Seu pai não era malvado como todos pensavam. Isso era coisa que Tobirama havia pregado na cabeça da população, pois o mais velho era completamente dócil e amável com quem merecia. Sabia disso porque era filho dele. Poxa, não tinha nem noção do que era perder cinco irmãos na guerra e ainda sair como o ruim da história.
Izuna era a única pessoa que havia sobrado de sua família. Era seu caçula e pessoa favorita do mundo.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora