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Deveriam demorar horas para chegar na Vila da Névoa, mas Deidara resolveu fazer um pássaro de argila para facilitar o trabalho.

Desceram da ave explosiva e o loiro a mandou para longe para completar sua arte, afinal não tinha nenhuma treta com Kirigakure no momento.

Obito o deixou na porta do escritório de Mei, batendo duas vezes antes de entrar por conta própria. Ouviu o barulho da porta se fechando e só assim o mais novo conseguiu relaxar os músculos, encostando as costas na parede gélida do corretor.

Havia retirado o manto por alguns instantes, ja que estava um pouco calor.  Só queria chegar no esconderijo e dormir por três dias diretos.

Então decidiu que fecharia os olhos enquanto o namorado não pegava o pergaminho, mas antes que o pudesse fazer, percebeu que tinha alguns olhares direcionados a si. Primeiramente achou que era pelo manto de nuvens vermelhas ou pela bandana, pois ele era um Nukenin, certo?

Mas não eram de medo ou de deboche, eram maliciosos.

Estranhou e olhou na direção do que estava o incomodando, encontrando dois homens de mais ou menos trinta anos com a pior das intenções possíveis.

Entendeu de primeira o que eles queriam, ficando enojado. Desejava que Obito saísse dali o quanto antes, se não não saberia o que fazer para se defender deles. Não que fosse fraco, mas eles eram bem maiores e mais fortes.

Sentiu vontade de vomitar e chorar ao ver os nojentos sorrindo como se alguém fosse olhar para eles. Desviou o olhar e rezou para todos os deuses que conhecia para que Tobi não demorasse. Céus, não poderia invadir o escritório da Mizukage, mas a vontade era grande.

Ficou com medo quando eles começaram a se aproximar sorrindo, um apertou o volume nas suas calças e riu sádico. Se desesperou completamente com isso.

Queria sair correndo, mas o quadril ainda doia e não conhecia a Vila da Névoa, não sabia nem um lugar daquela aldeia.

Eles ficaram a sua frente, um agarrou seu queixo e o fez olhar para cima para ver as feições maliciosas.

- que gracinha. - o maior dos dois disse eenquanto o mais baixo riu cheio de segundas intenções. - está sozinho aqui, boneca? - questionou e Deidara resolveu ignorar. Mas o aperto aumentou até sentir uma dor imensa no local. - vamos, me responda! - ordenou enquanto fazia mais força.

- e-eu estou acompanhado, hm. - respondeu o mais confiante possível.

- parece que alguém está mentindo. - riu como se assédio fosse algo engraçado. - vamos, vai ser rapidinho.

- eu não quero. - disse educado, mas com a raiva subindo pelo seu corpo.

- não se faça de difícil, sabemos que você quer. - insistiu e pegou seu pulso, tentando o puxar do banco.

- eu não quero, me deixa em paz. - aumentou o tom de voz, se assustando quando foi arrancado do assento com brutalidade.

- você não tem que querer. - o mais baixo falou e Deidara entrou em total desespero. Tentou se soltar dos braços dele, começando a se debater incansavelmente, mas sem nenhum sucesso.

Queria poder pegar argila das bolsas em sua cintura, mas eles haviam prendido seus pulsos acima de sua cabeça.

Sentiu as lágrimas brotarem por causa do medo. Por Deus, só queria sair correndo.

O ruivo colocou as mãos em seu quadril e começou a apertar sua pele, o local estava sensível por conta da noite anterior, causando uma dor insuportável.

Seus joelhos falharam e quase caiu no chão de joelhos, sendo impedido pelos braços no ar.

Fechou os olhos e esperou o pior. As mãos nojentas foram descendo por seu corpo deixando um rastro que Deidara nunca iria esquecer. Já se sentia sujo.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora