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Acordou todo dolorido. Todo seu corpo parecia estar quebrado de tanta dor. Dessa vez não estava amarrado, apenas trancado em um quarto com poucas brechas de luz para poder enxergar. Era um cômodo pequeno, fechado só com uma porta de madeira que com certeza estava trancada.

Passou a mão doida pela boca, vendo rastros de sangue ficarem em sua pele assim que olhou para seus dedos. Estava nu e só foi perceber aquilo quando seu quadril doeu ao tentar se mexer.

Não era possível que o maldito havia feito aquele tipo de coisa em si enquanto estava desmaiado. Com um pouco de medo, tocou sua entrada e viu que a mesma sangrava um pouco, arregalando os olhos.

Começou a chorar. Não tinha mais psicológico nenhum para aquilo. Sua mente estava pouco se fodendo para seu corpo machucado, só pensava que Tobi e seus amigos também poderiam estar sofrendo nas mãos do mestre das marionetes. Se encolheu no canto gelado, sentindo a parede rochosa rasgar suas costas pelo contato. Sua pele estava toda machucada, cortada e roxa.

Sua cabeça doía muito, as pancadas haviam sido feias e, mesmo conseguindo se curar com seu chakra, sabia que não iria adiantar de nada. Os malditos iriam continuar o ferrando até estar esgotado. Esse era Sasori da areia vermelha, um manequim sem sentimentos que não ligava para nada e que agora estava obcecado em o transformar na sua arte eterna que tanto falava.

Estava com frio, dor e sede. Gritou tanto enquanto era chutado que sua garganta parecia estar inflamada. Os cortes estavam sujos pelo contato direto com a poeira, correndo um grande risco de uma futura inflamação no local.

Respirou fundo e começou a se curar. Não tinha outra coisa a se fazer. Sabia que apanharia mais depois, porém não poderia suportar aquela dor por muito tempo.

Curou as feridas abertas, os locais roxos e até sua entrada, pois ela estava doendo demais. Todas as vezes que ficava com Obito a mesma só doía de incômodo, não daquela dor quase que insuportável. E olha que seu namorado já tinha usado clones consigo!

Não queria nem saber o que o subordinado de seu antigo parceiro havia feito com seu corpo. Desejava não saber, bem na verdade. Não queria se traumatizar ainda mais apenas naquele dia.

Quando estava curado, olhou em volta e pensou em arrombar a porta e sair correndo novamente, porém percebeu que não adiantaria nada. Se tivesse sido mais rápido ao pular do esconderijo, talvez tivesse chances. Mas não, ficou parado puxando assunto com quem nem conhecia. Bem, não era um assunto e sim um pedido para sair dali. Mas enfim-

Ouviu novas conversas se aproximando e se deu conta que era Sasori e o moreno que por algum milagre não era uma marionete. Se encolheu novamente no canto, tampando suas partes íntimas com as pernas e mãos.

A porta foi destrancada e a dupla entrou inexpressiva.

O ruivo lhe jogou uma camiseta grande para se cobrir, mudando sua expressão para algo parecido com nojo. Deidara vestir a peça com uma rapidez impressionante, querendo tampar seu corpo o quanto antes.

- seus amiguinhos chegaram. Irei te levar para contemplar todos eles morrendo. - o mestre das marionetes disse como se fosse algo simples e normal para ele.

Seu subordinado o amarrou completamente, passando cordas em duas partes de sua coxa e a descendo para seus tornozelos, dobrando suas pernas para deixar as partes internas grudadas e presas. Depois prendeu suas mãos com nós extremamente fortes, chegando a machucar novamente. Colocou uma venda em seus olhos e uma mordaça em sua boca, o levantando e pegando no colo como se fosse um saco de batatas. Estava completamente a mercê dos dois e saber que o amor de sua vida estava em perigo lhe deixava em pânico.

Daria sua vida para proteger Obito, isso era claro. Não se importaria de morrer para deixá-lo vivo e a salvo.

A cada passo dado, ficava mais apreensivo e amedrontado. Os dois estavam em silêncio, trazendo o clima mais pesado possível. Sentia sua circulação sanguínea começar a parar em algumas partes de seu corpo, mas aquilo era o que menos lhe importava.

Será que Sasori deixava tobi e seus amigos livres se se entregasse como uma marionete para ele? Se desistisse de viver e virasse um manequim controlado pelo seu ex-parceiro ele os deixaria em paz?

Bem, iria sugerir isso para o ruivo. Ele o queria como arte, não deveria enfiar pessoas importantes para si no meio daquilo. Era mais do que chantagem emocional.

Andaram por bastante tempo até ser deixado no chão. Achou que aquele era o lugar onde poderia se entregar a ele como um futuro subordinado, mas apenas pode ouvir um silêncio incômodo.

Mas isso só aconteceu até sentir uma chicotada nas costas seguida de várias em outras partes de seu corpo.

Não só desconfiava como tinha certeza que era o moreno de olhos roxos que o batia como se tivesse sendo condenado por algo que fez.

- você sabe que usar esse chakra para se curar não irá adiantar nada, né? - Sasori questionou, Não deixando nada transparecer em seu tom de voz. - cada vez que você se curar, mais irá apanhar. Ainda não aprendeu isso?

Não conseguia nem gritar por conta da mordaça. Seu corpo tinha espasmos com a força das pancadas, se contorcendo enquanto chorava e soluçava entre o pano sobre sua boca.

Sabia que suas costas estavam cortadas, mas isso não pareceu o suficiente para quem o chicoteava, pois sentiu o mesmo indo para sua frente e começando a acertar o couro sobre suas pernas amarradas. Deidara sentia sua pele sendo rasgada pela força dos golpes, apenas desejando que fosse morto logo e fosse deixado em paz.

Logo pontapés foram distribuídos pelos seus tornozelos, fazendo o mesmo berrar sobre o tecido mesmo que estivesse amordaçado, já que aquela parte também estava em carne viva.

Acabou desmaiando novamente pela dor, ficando inconsciente. Nunca havia desejado a morte igual a aquele momento.

Não sabia porque estava apanhando. Não tinha motivos para tal punição. Nunca havia feito nada para Sasori, nunca o prejudicou. Apenas tinham algumas brigas sobre o conceito da arte, mas nada além disso.

Caiu para trás desmaiado. Não tinha defesa nenhuma contra aquela dupla.

Não sabia o que iria acontecer consigo. Mas esperava do fundo de seu coração que fosse morto para que Obito ficasse impune.

Era ele que importava e ponto final. Apesar de ter prometido que casaria com o Uchiha, não queria correr o risco de que ele se machucasse. O moreno podia achar outra pessoa para ser feliz ao seu lado.

Continua...

Prometo que vou postar outro cap maior hoje, juro.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora