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Leiam o que está em negrito no final, preciso de uma opinião de vocês
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Deidara ainda tentava raciocinar o que Tobi havia dito.

Não sabia se estava feliz, surpreso, confuso ou o que. Encarava a face esperançosa do moreno com os olhos azuis arregalados, completamente intrigado.

Claro, era uma honra ter o coração do Uchiha para si, mas havia acabado de descobrir a verdadeira identidade e um pouco do passado dele. Não sabia nem se podia confiar em suas palavras.

- T-tobi...- sussurrou com lágrimas. O que poderia responder? Talvez poderia pedir algumas horas ou dias para pensar? Obito iria o esperar, não é?

- não precisa me dar uma resposta agora, Dei. Eu não vou te obrigar a me amar. - ele disse e Deidara sentiu seu coração apertar.

- me dá algumas horas, tá bom, hm? Amanhã eu te respondo. - o moreno sorriu compreensivo, mas continuou com a cabeça em seu colo. O loiro também deu continuação para as carícias nos cabelos rebeldes e negros tentando distrair o Uchiha e até a si mesmo.

O mais velho o encarava de baixo, admirado. E o mais novo começou a pensar em sua vida.

Não teve pais. Não sabia como nasceu, de quem ou em qual clã. Nenhuma família de Iwagakure possuía seu kekken genkkai e nem as suas características físicas. Havia sido criado por Ōnoki e sua única amiga tinha sido Kurotsuchi, uma ninja super talentosa que realmente admirava muito.

A vila da pedra tinha a grande tradição de achar uma rocha para saber seu caminho ninja, o problema era que Deidara nunca havia achado sua pedra, mesmo depois de tanto a procurar. Isso o levou a ter certeza de que não fazia parte daquela aldeia, seu destino não era ser o quarto Tsuchikage porque ele não pertencia a Iwagakure.

Não achem que o loiro não procurou sua família por toda a Vila. Havia revirado todos os livros de história e visto as habilidades de todos os clãs que já passaram por aquele local, mas nunca havia visto nenhuma pista.
O Sandaime Hokage também não contava nada sobre seus pais, e ainda dava desculpas esfarrapadas para fugir do assunto.

Então, com pouquíssima idade saiu da aldeia e se renegou, como nunca teve família, viver sozinho não era um problema. Não tinha de quem sentir saudades - no máximo de Ōnoki ou de Kurotsuchi. - e nem tinha o que o prendesse em Iwakagure.

Até agora, com dezenove anos, nunca havia tido aquela sensação de chegar em casa e ter uma família o esperando. Nem de uma mãe maluca ou de um pai que só esperava a treta rolar solta. Muito menos havia brigado com um irmão surtado igual a ele. Era só ele, Deidara e o mundo.

Então o amor era algo novo demais para si. Já havia gostado de Sasori, claro. Mas o ruivo nunca tinha dado atenção ou demonstrado sentimentos pelo loiro, o que o fazia repensar se não fez Tobi sentir o mesmo que ele sentia quando estava perto do mais baixo. Visto isso, não sabia como era ser amado por alguém.

A arte explosiva sempre fora seu refúgio para tudo em sua vida.
Estava feliz? Explosões.
Triste? Mais explosões.
Com raiva? Muito mais explosões.
Magoado? Adivinhem? Três vezes mais explosões.
Quanto maior e mais bela, mais seu humor melhorava.

Voltando para o assunto de Tobi, onde havia se perdido todo pensando sobre seu passado.

Será que o moreno falava sério sobre gostar de si? Ou iria o abandonar depois que ficasse cansado?
Talvez só tivesse interesse carnal, ou tinha algum tipo de fetiche em garotos que pareciam garotas.

Mas parecia estar falando sério. Deidara apertou os lábios com um pouco de força, fitando a face relaxada do homem que agora dormia em suas pernas com balbúrdia.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora