false innocence - Tobidei | Obidei

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Obito percebeu um mínimo detalhe quando Deidara trouxe aquele cão que apelidou de Daiki. Foi na hora. Era uma coisa pequena, quase imperceptível.

Mas, como sempre, o sharingan com o Rinnegan lhe trouxeram vantagens para ver essas coisinhas básicas que nem eram vistas por quem não prestava atenção ou não entendia muito sobre.

Era a porra de um kangal. Seu noivo conseguiu um kangal após ir ver qual seu nível de ninjutsu!

Da próxima vez voltaria com o que?

Um búfalo? Cavalo? Talvez um tubarão que Kisame furtaria?

Aquele cachorro seria maior que o Uzumaki! Esse animal conseguia matar um lobo sem mais nem menos.

E o que o seu pequeno fez? Encontrou o filhote de um.

É, já sabia que usaria clones com Deidara novamente. Não tinha nem que pensar sobre isso novamente, era confirmado que aquele bicho iria crescer muito e, por deus! Onde iriam colocar um cachorro que poderia matar alguém?

A raça kangal era conhecida por ser a de melhores cães de guarda, como consequência também eram extremamente caros e bem cuidados. Era estranho abandonarem um cão que valia tanto e que trazia muitos benefícios para quem possuía criações e etc.

Pensou por um instante e já imaginou que a mãe e os prováveis irmãos estariam sofrendo nas mãos de seu antigo dono. Iria investigar para ver e tirar os animais e, se necessário, dar uma lição de moral em quem deixou um bebê todo machucado e solto por aí.

E teria que fazer Deidara parar de adotar todo bicho que visse pela frente.

Logo teriam um zoológico particular se continuassem daquele jeito. Cães, gatos, tudo.

Bem pensando...onde diabos Tsunade encontrou um kangal, bem na verdade?

Como ela não foi mordida?

Bem, nem queria saber. Era melhor que aquela pergunta ficasse só em seus pensamentos. Não queria perder a cabeça perguntando para a Senju com a força absurdamente grande.

Ela, literalmente, dava medo.

Suspirou e decidiu não falar nada. Deixaria que o garoto descobrisse sozinho que adotou um cachorro achando que seria pequeno e ganhou um monstro que ficaria maior que ele.

Não que fosse difícil ser mais alto que o loiro.

O Uzumaki deixou o cão que até então era consideravelmente pequeno na cama e foi em sua direção, encostando a cabeça loira em seu peito e enrolando seu quadril com os braços.

Retribuiu seu gesto, fazendo carinho em sua cintura e rindo baixo quando ele bufou e se afastou novamente.

O menor tinha, de vez em quando, picos de aleatoriedade e ficava daquela forma. Uma hora queria dormir - vulgo hibernar - e outra parecia querer sair correndo até a próxima noite como um louco sem rumo.

E ele iria se não o deixasse cansado ou envergonhado demais para ter coragem de ter tais atos.

- quer sair dar uma volta, hm? - questionou sorrindo, já soltando o cabelo e indo ver como arrumou o closet.

Estava estranhamente bem organizado. Não havia nada fora do lugar, nenhum objeto ou caixa no chão, tudo estava bem limpo e nem dava para pensar que aquele cômodo já foi cenário de morte e discórdia entre uma família.