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Obito ficou olhando Deidara limpar algumas coisas com o olhar mais bobo desse mundo, o admirando. Sabia que se não acordasse para a vida iria tomar um esporro daqueles do menor, mas não ligava, o loiro era fofo quando estava bravo.

- amor, vai vim me ajudar ou não, hm? - seu namorado perguntou levemente irritado, inflando as bochechas em seguida.

- tô indo. Estava viajando. - respondeu e pegou a vassoura para limpar o chão.

- amor, primeiro as prateleiras, hm. - avisou e riu do Uchiha perdido. Ele estava avoado.

- ah, tudo bem. - concordou e pegou o pano para o ajudar.

Ficava igual um idiota quando observava o menor. Todas as suas personalidades concordavam que era um bobo apaixonado pelo loiro. Desde a psicopata até a brincalhona entravam em consenso quando se tratava disso.

Começaram a limpar tudo calmamente, as vezes trocavam conversas aleatórias e fofocavam sobre outras pessoas. Pareciam duas velhinhas fofoqueiras que observavam os vizinhos pelo muro? Com certeza, mas fazer o que? Pelo menos se davam bem.

- senpai. - chamou o mais novo que estava na pontinha do pé para limpar uma das prateleiras.

- fale, hm. - mostrou que estava atento ao que o mais velho queria falar.

- lembra que eu te falei sobre meu pai, né? - Deidara concordou, mas sentiu calafrios por todo seu corpo. - o que acha de o conhecer?

O loiro arregalou os olhos e paralisou por um bom tempo. Não conhecia Madara, mas sabia da fama dele.

O Sandaime Tsuchikage dizia que havia ficado frente a frente com o Uchiha, mas nunca contou o que aconteceu naquele tempo. Falava que ele era uma pessoa muito forte, fria, calculista e inexpressiva, era difícil conseguir um diálogo com ele, na verdade era raro trocar uma palavra fora de batalha com o melhor amigo do Shodaime Hokage.

Então era bem aterrorizante pensar que seu sogro era temido e podia facilmente o odiar.

- n-não é muito cedo, hm? T-temos muitas coisas para resolver, hm. - argumentou enquanto gaguejava, lembrando de tudo que Ōnoki falava sobre ele.

- ele não é esse monstro que colocaram na sua cabeça, amor. Eu te juro que meu pai é uma boa pessoa.

- não é isso que me preocupa, hm. - suspirou pesado e isso atraiu toda a atenção do Uchiha para si. Obito se aproximou e ficou em sua frente, esperando a continuação de sua fala. - e se ele não gostar de mim, hm? Ele pode me estranhar ou sei lá, hm. - mostrou sua insegurança para o mais velho.

Claro, podia ser alguém que confiava no próprio taco em batalhas, mas estavam falando de Uchiha Madara! Não era qualquer um.

- não tire conclusões precipitadas sobre meu pai, amor. - falou calmo e Deidara o olhou confuso. - vamos fazer assim: quando o Sasuke voltar, vou os reviver e você irá conhece-los. Como o edo não dura muito por conta do uso de chakra, se não gostar dele, eu desfaço o jutsu e esquecemos do assunto, certo? - sugeriu e ficou esperando a resposta de Deidara.

Este pensou no assunto por alguns minutos, refletindo. Achava que era muito cedo para conhecer Madara, mas talvez fosse o destino. Podia ser que não fosse tão ruim assim ficar frente a frente com uma lenda que é temida por todas as nações, ne?

Tobi falava que ele era um bom homem, e mesmo confiando muito em seu namorado ainda duvidava daquilo. Mas era uma questão de criação. Fora criado para temer o Uchiha, para não chegar perto dele e muito menor o desafiar - mesmo que ele já estivesse morto. - podia ser um preconceito que tinha com quem não havia chegado nem perto de falar.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora