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Madara encontrou o casal abraçados, Deidara fazendo carinho no cabelo do maior enquanto este fazia o mesmo em sua cintura.

Sorriu bobo. Seu filho era uma boa pessoa e sabia como demonstrar o que sentia pelo loiro. Eram literalmente feitos um para o outro e não tinha como alguém negar aquele fato. Era óbvio, tão claro quanto o sol.

Suspirou e se aproximou, esquecendo de Hashirama por completo e tocando no ombro do maior, lhe dando um pequeno susto.

O Uzumaki riu da reação no noivo, recebendo um olhar indignado dele por estar rindo. O Uchiha não teve como não sorrir com a relação dos dois. Eram perfeitos e se completavam.

- pai? Você já falou com o Hashirama? O que aconteceu lá? Não me diga que perdoou ele porque se não eu...- parou de falar quando viu que o mediano estava com o olhar um pouco baixo, caído. Estava triste e sentimental, percebeu isso quase que de imediato, não querendo deixá-lo ainda mais magoado do que já estava.

- não o perdoei, Obito. Não tem o que perdoar. E sim, eu falei com ele. Não precisa me defender como se eu não soubesse fazer isso sozinho. - o moreno disse baixinho, apenas para que ambos escutassem o que dizia. - agora eu vou tirar essa armadura, ninguém merece morrer e continuar com essa desgraça pesada no corpo. Não tô lutando pra ficar com ela. - Tobi amava a variação de humor de seu pai, era algo cômico de se ver. Uma hora estava deprimido e na outra já estava irritado.

O viu se afastando, soltando o que prendia a armadura vermelho carmesim de seu corpo e resmungando que era pesado e desnecessário para uma época de paz.

Riu baixo, sabendo que se soltasse uma gargalhada apanharia feio do mais velho.

Deidara o encarou confuso, deitando a cabeça loirinha para o lado e tentando decifrar suas expressões.

- senpai, cadê os outros que estavam com você no quarto? - indagou mudando de assunto, o vendo arregalar os olhinhos azuis ao lembrar dos outros que estavam consigo no quarto.

- acho que ainda estão dormindo, hm. - deu de ombros, sorte a de Obito por Kushina não estar acordada, caso contrário nem teria o crânio junto com o pescoço.

- o que você acha sobre isso tudo? Eu tô tão confuso...- fez um biquinho carente, sentindo os lábios do menor selando os seus rapidamente como costume.

Sorriu internamente com o gesto praticamente instantâneo dele. Ele já fazia aquilo no automático.

- eu sinceramente não sei, hm. - as íris clarinhas estavam obviamente ainda mais confusas do que as suas. Ele era tão inocente e tão fofo em qualquer ocasião que o Uchiha sentia vontade de o guardar em um potinho e o proteger de tudo que pudesse o prejudicar. - acho que nenhum de vocês tem culpa do que aconteceu, você não precisa perdoar Hashirama por causa disso, mas também não pode culpá-lo pelo que ele não sabia, hm. Acho que ele não iria deixar seu pai como deixou se soubesse que estava grávido.

O maior suspirou. Deidara tinha razão e não era pouca.

Como ele sempre conseguia o acalmar e deixá-lo tranquilo? Como ele conseguia o fazer mudar de ideia e pensar corretamente sobre as coisas de sua volta?

- você acha que eu...deveria falar com ele? - questionou e o loiro ficou pensando sobre.

- aí eu já não sei te dizer, hm. É uma escolha sua e que eu não me acho no direito de me intrometer ou opinar sobre, hm. Se você não se sente confortável para falar com ele, não se obrigue. Você que decide se quer ou não, hm. - e novamente Deidara tinha a completa razão do que falava.

Adorável. Seu noivo era adorável e sem um defeito se quer.

- só tem uma coisa errada no que você disse: você tem todo o direito de se intrometer nisso. Você também é da família e, como eu já disse, meu pai gosta mais de você do que de mim. Então não ache que não deve se meter no meio, porque se você quiser você deve se intrometer. - o corrigiu apenas nessa parte, colocando algumas mechas de seu cabelo atrás da orelha do menor.

false innocence - Tobidei | Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora