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Alexia

Com a roupa que eu tava no corpo eu subi em cima da moto tremendo, não conhecia o menino muito menos sabia pra onde estávamos indo aquele horário com tamanha velocidade que o próprio pilotava!

O coração acelerava, as pernas tremiam e o estômago esbrulhava. Um desespero fodido, uma vontade imensa de chorar de nervoso!!!

Desde cedo tentando contato com esse maluco, Caio vem e me liga na maior afobação dizendo que as coisas estavam feias na penha, que a bope prendeu/matou um monte!

Não sei se foi por estar atordoada ou se o menino tinha uma pilotagem rápida mas chegamos rapidinho e eu percebi a diferença de caminho, indo pro lado da kelson's! Parou em uma rua escura pra cacete, nem um pé de pessoa.

Alexia: Que isso, cara! - já me emocionei vendo ele em cima daquela maca, cheio de curativo e braço enfaixado. - Porra Levi!

Levi: Fala, minha gata. - coloca uma sorriso fraco no rosto.

Tava comendo uma dor da porra só pela cara dele, os lábios estavam ressacados certamente pela ausência da água, me aproximei dele negando com a cabeça ao vê-lo naquele estado.

Alexia: uma hora tu ainda vai me matar, vai vendo. - limpo meu rosto e ele ri.

Levi: Vou nada, tá tranquilo! Pronto pra outra já, tu sabe que vaso ruim é difícil de quebrar e vem cá... - me chama e eu me aproximo dele; - Tu acha mesmo que eu ia morrer sem antes da uma empurrada nesse... - tampei a boca dele.

Alexia: Ah, ô!! Parou ein, olha teu estado! Vem querer brincar com isso não, Levi! - falo pra ele que da risada, bem desacreditado mesmo, tudo normal pra ele!!

Levi: Pô amor, tô nem sentindo o braço. - Coloca a cara de sofrido, me derreto toda...

Alexia: Aonde foi? - perguntei.

Ficou lá falando que tava sentindo isso e aquilo, maior draminha pra quem tem três bala alojada no corpo e já passou até por coisa pior que isso.

Mulher que tinha cuidado dele mandou ele ficar de repouso por umas semanas, sem fazer esforço com o braço e uso da muleta por conta da perna; ja tava vendo o Levi fazendo tudo errado!

Hora de ir embora que não foi exatamente ir embora, mas sim ir pra uma casa aqui mesmo. foi o auge do auge, eu com o cu na mão de entrar naquele carro com aqueles cara tudo armado cercando.

Levi: Para de tremer essa perna, Alexia. Tem caô não!- diz calmo.

Alexia: Eu tô calma pô - minto e ele olha pra minha cara rindo.

Viemos parar em uma casa toda gradeada, portão enorme de correr que protegia a frente. Entrei com ele mancando por orgulho de não querer usar as muletas, casa não tinha nada dentro ao não ser um sofa e umas caixas espalhadas pela sala.

Levi: Traz o bagulho que eu te pedi! - Falou pra um cara.

Alexia: Trazer o que, Levi? Não vai usar nada não, cara! Tá cheio de remédio no sangue pô, para de doideira! - Falei pra ele que me fita.

Idas e Vindas (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora