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Árabe/Horas antes..

Assim que Alexia sai pra trazer as malas fico ali com o meno trocando um papo de como seria nós lá na nova casa, ele se interessa quando digo que ficava quase em frente a uma praia, não escondo tbm que esse foi um dos detalhes que me fez interessar pelo local, me amarrava em lugares assim desde menor..

— Nós tá com um problema aí! — Sinhô me fita, olho pra ele. — papo de que blindado ta subindo...

— Essas porra não tem família não? Uma mulher pra foder, sei lá! Fazer filho, visitar a mãe no asilo... — falei bolado.

Pior dia pra eles tentar, nós tava forte só com as melhores máquina, carregamento recém chegado de semana passada e ainda sem terem sido usadas.

— Vai pro teu irmão.. — dou a Aiza pro Breno e a fito em seu colo. — Cuida dela ein, não sai de perto dela. — Falei pra ele me escuta com atenção; — manda sua mãe se apressar, entra pra dentro que eu vou aqui e volto! — mando e ele faz o que peço.

Deixei ali dois na porta e quando desço, passo a visão de que não queria qualquer um subindo e descendo por ali, corto pra o barraco da casa de dona detinha e abro ali com uma das chaves dentro do vaso falso de planta, na cozinha só as preciosas e mais cobiçadas..

— Era com tu mesmo que eu queria falar! — falo quando vejo Betina adentrar no cômodo.

— Já tá tudo pronto! O cara vai tá esperando ela, já tô com as identidades, vistos falsos e até mesmo com algumas certidões! — ela mostra os documentos. — sua família vai tá bem longe daqui e vc tbm, como combinado.

— Vem cá, sabia que não tinha chamado tu aquela noite no barraco atoa, tu é braba! — falo pra ela que joga os cabelos convencida. — Só não morre,  tu tem uma vida a onde mesmo que tu disse que iria?

— Miami, baby! Vou sumir que nunca mais vai me achar, nossa dívida já foi selada! — disse e eu ri saindo. — Não morre vc tbm, peste! Sua mulher te mata caso isso aconteça...

— Se eu morrer eu viro lenda! — Cantei, nada me abala hoje...

Tiro a camisa já azuado, com o pique já de muito doido pra meter bronca com qualquer um que cruzasse meu caminho, nós não é de muito papinho não e o afronte que eles davam de lá, nós mandava de volta grandão, sem medo... Tropa tava bolada demais, geral aqui querendo baile, curtir sua onda... Inciar o ano da melhor forma! Vai todo mundo se foder nessa porra, procurou e vai achar tbm sem neurose!!!

—  Helicóptero filho da puta! — miro de luneta, se não morreu, feriu... Mira aqui é certinha demais pra errar !

Nós continuava de cá, sem recuar por nada e nem pode ! Mas porra, bagulho tava doido demais, a planta parecia ter sido toda dada ! Impossível quem é de fora conhecer becos, acessos por aqui e chegarem antes, quase pegando todo mundo de bobeira, cagando!

— Nós vai mudar a rota! — parei pra falar com Romeu. — tu sobe pra minha casa, fica com a Alexia, com todo mundo lá !

— Não da dessas, irmão! Tô aqui contigo, nos mantém por aqui, tá suave! Tu já tá todo fodido com essa perna aí, único aqui que nós pode confiar é um no outro.. — falou.

— Vai pra lá, Romeu! Aqui da pra manter, tá suave! — menti pra caralho.

A dor na perna tava me fodendo de quase não conseguir correr, no rádio os mlk anunciava que tava tudo cercado, quase um beco sem saída! Geral no desespero entrando em casa de morador já, aquela porra tinha virado um bagulho sem pé nem cabeça, não existia essa possibilidade .

Idas e Vindas (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora