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Alexia Noronha
Domingo|12:55am

— Manda uma fotinha pra ajudar, mano.. — Ele pede, dou risada.
— Não vou mandar foto alguma. — Respondi.
— Tu é ruim pra caralho tbm ein, Alexia! Eu mandei nessa porra!
— Mandou por que quis, eu não pedi! — Digo rindo.
— A sua é essa aí, né? Blz, mano! Tu tá certinha!! — disse. — Pô amor.. — olho pra sua cara cínica através da tela do celular.
— Eu tenho vergonha, Levi! — Confesso e o vejo dar risada.
— Manda a foto que tu perde ela.
— Sujo!
— Necessitado, eu diria. — Disse e agora eu quem dou risada agora.

Converso mais um pouco com ele tentando fazer com que ele esquecesse do sexo virtual que o próprio estava me propondo, confesso que por pouco não aceitei, a saudade estava tanto que estava me matando.
Nos despedimos com ele avisando que mandaria sinhô me levar até a nossa casa para explicar como eu iria querer as cores dos cômodos, já que a reforma havia terminado e só faltava pintar.

— Vai descer lá pra baixo? — Dona Laura pergunta, assinto. — Traz pra mim por favor tempeiro, Alexia. Aqui não tem nada pra eu fazer essa moqueca de peixe, veja como tá fresquinho..

— Tá mesmo, vou trazer. — Respondo e ela agradece.

Dou uma olhada no Breno que estava deitado na sala com o celular em mãos e o aviso que sairia, estranhando o fato do mesmo não ter se convidado pra ir junto.

— Estava pensando em uma cor salmão aqui, na frente da casa. — Falo com o cara que assente. — Na verdade eu quero umas cores bem vivas, o que o senhor me diz? — Peço sua ajuda.

Acabo que por concorda com as cores que o seu Robson havia dito, a parede em gesso entava perfeita assim como o teto em ambos os três quartos que eu havia pedido.

— Vou passar no mercado. — Aviso ao Francisco que assente.

Compro os tempeiros que dona Laura havia me pedido e algumas merendas para o Breno, compro tbm algumas frutas assim que lembro das vitaminas que eu estava tomando e dos puxões de orelha da doutora sobre a minha irresponsabilidade de estar comendo muitos doces ultimamente. Ainda mais  minha família com histórico de diabetes, faço uma nota mental até mesmo de passar na farmácia para vê como estava meu açúcar.

Chego em casa e ajudo dona Laura a cortar os tempeiros, mando Breno passar uma vassoura na casa e depois que fosse para o banho.

— Não tem nada pra fazer nessa casa! — Breno resmunga.

— Tem sim, vai juntar tuas roupas que estão todas espalhadas pelo guarda-roupa de dona Laura! Tu pra pegar uma roupinha desarruma tudo, garoto! Já falei que dona Laura não é tua empregada, ein! — Reclamo com ele.

— claro né cara, tu coloca as roupas de sair em cima e as roupas p eu usar dentro de casa tudo embaixo! — Rebate.

— É só puxar!

— Ah tá! — Respondeu indo pra sala.

— Dona Laura? — a chamo quando a vejo sentar na cadeira. — Tá tudo bem?

— Tá, querida. Só fiquei um pouco tonta.. — Diz, tenta se levantar e eu não deixo.

— Não, fica sentada aí. Eu vou guardar esse peixe, pedimos alguma coisa e a senhora descansa!

— Eu tô bem, Alexia... — fala e eu nego.

— Não, não está. E pare de teimosia, por favor.. — Falo abrindo a geladeira e colocando o peixo no congelador. — A senhora tem ido ao médico? Não tinha uma revisão com o cardiologista agendado para amanhã?

Idas e Vindas (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora