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Árabe (Levi Silveira)
Às 14h42min

- Cadê tua mãe? - Pergunto pela Alexia ao meno.

- Tá lá em cima, ela não quer descer.. - disse.

- Por que? - Coloco a mão na cintura.

- Ela tá dizendo que tá feia... - ele diz empurrando a colher de cereal cheia na boca.

Nego com a cabeça antes de subir atrás da doidona, abri a porta e tava a madame lá, coberta dos pés a cabeça e quando percebeu minha presença segurou o lençol.

- Coé Alexia.. - tento puxar o lençol, ela não deixa.

- Não, Levi! Eu tô ridícula, tô com a cara cheia de espinha! - Dizia, seguro o riso.

- Que cara cheia de espinha cara, para de doideira! - eu puxo o lençol, vendo ela cobrir o rosto com as mãos.

- Levi! - Ela reclama quando tiro suas mãos do rosto contra a sua vontade.

- Tem o que aí, Alexia? - a encaro vendo apenas alguns pontos vermelhos em seu resto.

- Eu tô horrível! - Ela põe a mão no rosto. - Minhas... - soluça; - Minhas roupas não entram mais, meu cabelo tá caindo, eu tô tô toda inchada.. - chora.

- Coé amor... - sento na cama, - Vai ficar chorando por besteira, Alexia?

- Não é besteira, vc não entende! Quem tá passando sou eu, vc não sabe de nada que eu tô passando! - Troca de humor.

- Entendo ,amor.. eu sei que tá sendo difícil pra tu.. - tento amenizar; - Mas pô mó mentira isso ai, teu cabelo caindo? cabelo bonitão pô, lindão como sempre! Grandão, tô achando até maior! - digo a ela que limpa o rosto.

- Você acha? - perguntou.

- Acho pô, tá gatona! Toda gostosa, vagabundo se vê doido com uma Pocahontas dessa! Mas diz aí quem tem? - pergunto vendo ela rir, - Quem tem é o pai aqui, morde as costas, largo por nada! Papo de até que a morte nos separe mesmo! - falo vendo ela rir.

- Eu te amo! - me abraça.

- Te amo! - Beijo ela. - Bora descer, já vou!

- Já vai? - Me encara, - Vai me deixar com sdd?

- Não te falei que sábado eu tô aqui? Tá suave! - digo a ela.

- Mas sábado não dá, eu quero matar essa sdd agora! - ela sorriu.

Pilantrona, safadona essa mulher! Fechei a porta ali e dei aquele trato pra acalmar a fera, uma hora eu ainda ia me vê maluco com a variação de humor dessa garota.

- Hum, e vc vem sábado pra assitir o jogo comigo? - O meno me pergunta.

- Venho, mande sua mãe me lembrar pra eu trazer sua camisa! - falo vendo ele assentir. - cd a Alexia? - pergunto vendo a mesma aparecer junto a minha mãe. - chororó agora não ein! - digo a elas.

- Meu filho, que Deus te proteja! Te cuide e te traga inteiro. - Minha coroa me abraça.

- Que seja feita a vontade dele, mãe. - Beijo sua testa. - Vem cá, daqui a pouco não vai ter mais lágrimas p tu chorar, mulher! - puxo a Alexia.

Idas e Vindas (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora