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Alexia Noronha/28 de Dezembro.

Eu não estava sabendo lidar com a Aiza dentro daquela roupinha vermelha de mamãe Noel com um gorrinho que dificilmente permanecia em sua cabeça,pois mesma impaciente, dava um jeito de arrancar. Hoje minha princesa completava dois meses de vida e minha felicidade de finalmente tê-la aqui conosco, não cabia no peito.

— Tira essa roupa da menina, Alexia! Tá feia pra caralho — O outro fala e eu ignoro.

— Já resolveu o assunto do carreto?

— Ja falei que nós não vai levar nada, tem tudo lá, no máximo separa umas roupas.

— Eu não vou deixar meus móveis semi-novos aqui não, Levi! — Eu falo e ele pega a Aiza das minhas mãos, caminhando pra o quintal.

— Teu mal é esse.. — faz pouco caso. — Roupa feia pra caralho.. — comenta novamente olhando pra filha. — Mas vc é linda tá, princesa?! — Disse a ela.

— Mãe, você viu aqueles meu par de tênis da Nike?

— Embaixo da cama. — falo e ele sai.

— Querida, eu guardei o resto das coisas que sobraram na geladeira. — Dona Laura avisa.

— Obrigado, dona Laura. Levou alguns pra senhora? Sobrou muita coisa assim como no mês passado, Levi detesta doces e apenas eu e Breno pra comer tudo não dá.

— Levei sim, separei umas vasilhas para os seus amigos e eles levaram tbm. — Disse e eu assentir. — Já vou ein, se cuidem.

— Tudo bem, vai com Deus. — me despeço dela.

Entro pra dentro de casa vendo a bagunça que estava, vou recolhendo os copos descartáveis e os jogando no lixo, em seguida recolho os pratos e deixo os juntos na pia para lavar.

— Ô Levi, me ajuda aqui tbm vai! — pedir vendo ele sentado com a Aiza nos braços. — Ela tá dormindo já,coloca ela no berço e lava esse quintal pra mim, tá podre.. — Peço a ele.

— Amanhã nós lava..

— Não, Levi! Amanhã vc não vai fazer nada, vai sumir na rua e vai deixar o quintal aí podre me esperando, cara! — digo uma verdade e ele sobe com a Aiza.

Suspirei cansada pra caramba, acabo com os pratos e coloco um balde pra encher no banheiro com um pouco de sabão e detergente; Enquanto enchia, vou a procura da mangueira no quintal e quando acho a coloco na torneira, jogo sabão e quiboa ali em seguida vou tirando toda a sujeira daquele canto.

— Sai daí! — Ele toma a vassoura da minha mão.

Entro dentro de casa e vou para o banheiro desligando a água que caia no balde, procuro um pano de chão limpo e comecei a passar pano em tudo que era canto ali, juntando até mesmo os lixos que deixei passar quando varri a casa.

— Alexia, me dá um pano pra enxugar esse quintal aqui! Breno vive correndo pra caralho aqui com essas cachorras.. — falou e eu dou o mais seco que tinha.

— Que horas são?

— Quase uma.

— Mas já!? — Digo e ele assente indo com o pano pra lá e pra cá, dou risada da cena.

Idas e Vindas (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora