Capítulo 8, parte II

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— Anahí contou a todos que vocês eram irmãs. – ele disparou e Maite levou as mãos ao rosto, negando com a cabeça. – Ela se ofereceu para doar sangue para você e disse isso na frente de todos.

— E meu pai? – encarou-o.

— Incluindo o seu pai. – contou. – Não te falamos nada, porque não nos achamos no direito de nos meter nessa história.

— Eu entendo. – sussurrou.

— Você falou com o seu pai sobre isso? – Maite perguntou com certo receio.

— Não, porque teoricamente eu não sei de nada. – deu de ombros. – Ele não me comentou nada sobre essa história.

— E não vai dizer nunca? – Santiago questionou. – Porque entendo que ele tenha receio de falar sobre isso nesse momento, mas agora que você sabe... não vai falar nada sobre isso?

— Eu... não. – franziu o nariz. – Se Anahí quiser, ela pode, mas eu não quero me envolver.

— Dul, não é por nada, mas... – Maite sorriu sem graça. – Você já está envolvida.

— Meu pai nem sabe que eu sei. – arfou. – E eu não tenho interesse em saber nada mais sobre a minha mãe, sobre a genética, sobre nada. Se Anahí quiser saber, a decisão é dela.

— E vai ignorar o fato de que são irmãs? – Maite arqueou as sobrancelhas.

— Vivi sem uma por 30 anos. – tentou soar despreocupada. – Não fará diferença viver mais 30 ou 40.

— Ter um irmão é um laço forte. – Santiago tocou a mão dela. – Você sabe como sou com as minhas, você viu como Noah estava atrás do Dante. Não acho que você poderá ignorar a existência da sua.

— Se é que isso é verdade. – Dulce deu de ombros. – Porque pode nem ser verdade, nós podemos nem ser irmãs, entende o quanto isso muda a minha vida? Eu não estou disposta.

— Então fale com o seu pai sobre isso. – Maite sugeriu. – Ou com ele ou com a Anahí, mas você precisa esclarecer isso.

— Hm. – Dulce arfou e nada disse.

— Quando quiser, ok? – Santiago subiu a mão até o rosto dela. – Se não quiser, está tudo bem, e se apenas quiser compartilhar com nós dois... tudo bem também. Estamos aqui e sempre estaremos aqui.

— Sim... – sussurrou. – Obrigada.

— Prometo não pegar mais a sua irmã. – ele brincou e as duas acabaram rindo.

— Porra, Santi, você sabe mesmo acabar com um clima! – Maite gargalhou.

— Não posso deixar de me gabar, né? A Espanha encantou a família toda. – piscou ao brincar.

— Eu peguei primeiro! – Dulce jogou o cabelo para o lado. – Que isso fique claro!

— E você é a gêmea favorita. – puxou-a para um abraço. – Sempre será. Que isso também fique bem claro.

— Você é ridículo, mas eu te amo. – beijou-lhe o rosto. – Obrigada por ouvirem mais essa.

— Nos desculpe por não poder contar antes. – Maite encostou o rosto ao ombro do amigo e deu a mão para a morena.

— Não foi fácil guardar isso. – Santiago confessou. – O impacto da informação pegou todo mundo de surpresa.

— Todo mundo? – Dulce franziu o cenho e calou-se por alguns segundos. – Christopher sabe disso?

— Ah, Dul... – Maite sorriu sem graça.

— O cara não saiu do hospital para nada, Dul. – Santiago a encarou. – Acho que poderiam dizer que você havia virado um monstro e ainda assim ele não sairia dali. Os dias para ele não foram nada fáceis.

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