Capítulo 39, parte II

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Galán Guzmán
Escolha uma roupa que você possa molhar.
E me passa o seu endereço. Te pego às 20h, ¿vale?

Dulce María
Me busca às 20h para que, Gal?
Preciso de mais detalhes!
O mínimo de detalhes!

Galán Guzman
Sem mais detalhes, senhorita.
20h. Sem salto. Com roupa que possa molhar.
Espero seu endereço.
Um beijo, México.

Dulce pensou em questionar novamente o espanhol, mas sabia que seria perda de tempo, ele não lhe contaria o que pretendia.

Então sorriu e pensou que aceitar o convite era a melhor das opções: sairia de casa e poderia evitar um jantar com Anahí.

Enviou o endereço para o espanhol, jogou o celular na cama e finalmente abriu o armário, passando os olhos rapidamente pelas opções de roupas.

Sem saber para onde iria, e aproveitando que tinha o cabelo preso em um informal rabo de cavalo, optou pela calça jeans skinny de cintura alta e cor verde água, dobrou uma única vez a barra, apenas o suficiente para dar certo charme à peça.

Vestiu a blusa rosa rosa curta, com leves detalhes na manga e com o comprimento que chegava exatamente até o cós da calça.

Nos pés, o tênis branco, simples e delicado. Terminava de amarrá-lo quando Maite entrou no quarto.

— Menina, estou detonada! – Maite resmungou. – A cerveja me derrubou!

— Eu não tive nem coragem de te acordar! – riu dela. – E pra ser sincera, nem achei que você fosse conseguir.

— Acordei com a Reme batendo panela na cozinha. – resmungou. – Ela pediu desculpa quando veio se despedir, mas enfim, eu já tinha acordado. – reparou melhor na morena. – Onde é que a senhora vai?

— Quer saber? – levantou-se e deu um giro sobre os próprios pés. – Gal me chamou para sair.

— Gal... o Gal... do Santi? – pareceu finalmente despertar. – Sério?

— Uhum! E eu disse que sim! – piscou e foi até a penteadeira. – Já esclareci tudo com o Santi, não temos problema algum agora.

— Não estou julgando! – levantou as mãos. – Apenas... não acha que está esporte demais para uma saída à noite?

— Ele me pediu isso. – espirrou o perfume atrás da orelha. – Disse que será uma noite divertida e nostálgica.

— E o que isso significa? – caminhou até o banheiro.

— Não faço ideia! – riu ao final. – Mas estou muito disposta a descobrir.

— Dulce? – Fernando aproveitou a porta aberta e entrou no quarto. – Anahí chega em 15 minutos, sim?

— Ih... – Maite riu baixo e entrou no banheiro. – Boa sorte. – piscou para a morena e fechou a porta.

— Vou precisar. – sussurrou para si mesma e mirou o pai. – Hm... pai, pois é...

— Pois é? – estranhou. – "Pois é" o que?

— Recebi uma mensagem... – começou a falar e ele girou os olhos. – Eu juro que recebi uma mensagem!

— Impressionante como você faz de tudo para ser do contra! – arfou.

— Um encontro pai! – fechou o perfume. – Um mísero encontrinho, por favor! Me dê esse direito! – dramatizou. – Eu mereço!

— Com quem? Dante? – supôs rapidamente. – De novo?

— Claro que não! – arregalou os olhos. – Te disse que não farei mais isso! Não quero nada sério, nunca mais.

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