Capítulo 56, parte II

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— Christopher! – Anahí esbravejou. – O que diabos está acontecendo?

— Pode se acalmar, por favor? – ele pediu, baixo e tranquilo.

— Não! – arqueou as sobrancelhas. – Porque não sou palhaça, Christopher Uckermann! Onde está a Dulce?

— Tivemos um imprevisto. – seguiu calmo.

— Que justifique a sua meia hora de atraso e falta da sua noiva? – manteve apenas uma sobrancelha arqueada.

— Sim. – assentiu com calma. – Dulce está passando mal.

— Isso foi ontem. – colocou as mãos na cintura. – Não me enrole, Christopher!

— Anahí, pelo amor de Deus! – arfou. – Que interesse eu tenho em sair de casa e deixar a minha noiva sozinha enquanto ela está passando mal?

— Não minta para mim, Christopher. – séria. – Te aconselho a não mentir.

— E não estou! – disse, indignado com ela. – Ani!

— Fernando me disse que conversou com a Samay e que a Dulce já estava muito bem medicada. – encarou-o. – Pode não mentir, por gentileza?

— Ani, eu não estou mentindo! – disse firme, porém baixo, buscando não atrair a atenção dos funcionários. – Se tanto duvida, ligue para a Sama!

— Não me chame de idiota. – girou os olhos.

— Confie em mim! – insistiu, e a loira ficou em silêncio. – Sim, Dulce acordou razoavelmente bem, mas começou a se arrumar e foi ficando mole, mole... até não aguentar. Eu não podia pedir que ela viesse daquela maneira! – exalou pesadamente. – Aliás, por mim, não teria nem vindo, mas ela ficou falando que poderia ser útil, que poderia usar a entrevista para falar do senado... – soou insatisfeito. – Enfim, ela disse que você pensaria da mesma forma.

— A filha da puta é boa! – Anahí bufou ao admitir e o olhou de soslaio. – Cacete, viu, Christopher...

— Pare de ficar brava comigo. – estendeu-lhe a mão. – Por favor. – ela o olhou, mas não moveu-se. – Quantas vezes, em todos esses anos, você me viu faltar a um compromisso? Pode contar nos dedos de uma mão e ainda vai sobrar! – sorriu de lado. – Diga que tenho algo de credibilidade, vai...

— Você tem. – exalou e deu a mão para ele.

— Ani... – abraçou-a. – Confia em mim.

— Eu confio. – abraçou-o de volta. – Mas preciso que você também confie em mim, senão de nada adiantará eu confiar em você.

— Você é minha dupla. – ele lhe beijou o alto da cabeça. – Sabe que me preocupo contigo.

— Hm. – franziu o cenho. – O que foi, hein? Está muito carinhoso.

— Ani... – separou-se dela e a mirou.

Encarou os olhos claros e profundos da assessora e sentiu, realmente, que não importava o quanto as situações parecessem lhe provar o contrário, ele gostava dela. O carinho que sentia por Anahí era antigo, genuíno e forte; seria contra a sua própria natureza não preocupar-se com ela.

— O que foi? – ela franziu o cenho. – Fale.

— Bom dia, senador! – o editor-chefe aproximou-se. – Que prazer recebê-lo!

Christopher rapidamente mirou o homem de cerca de 50 anos, era parcialmente calvo, o corpo dentro do peso a pele bastante branca. Os olhos verdes brilharam ao ver o senador ali.

— Santos! – Christopher lhe deu o melhor sorriso. – Bom dia! É uma honra estar aqui!

— Estávamos ansiosos pela sua presença! – abraçou-o.

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