Capítulo 57
Dulce despertou no susto, o coração batia acelerado e ela sentia as gotas de suor escorrerem pela lateral de seu rosto e costas.
Olhou ao redor, notou o quarto vazio e escuro, iluminado apenas pelo feixe de luz que vinha do banheiro.
O coração continuava disparado, o pesadelo parecia vivo demais em sua mente e difícil de ser esquecido. Aquilo fora apenas um sonho ou um aviso?
Pensou em Anna. Pensou nas vezes em que a vira pessoalmente, relembrou as ações, repassou cada momento vivido com a loira. E se ela se encaixava em apenas uma pessoa, quem seria a outra mulher?
Era consciente de que Anna tinha uma irmã, mas ela mesma lhe dissera que a irmã já havia morrido... certo? Ou não?
E se tivesse compreendido mal? E se tudo não tivesse passado de um jogo de palavras? E se Anna Yekaterina estivesse viva, tão viva que fosse até capaz de falar com ela? Com quantas Anna's havia conversado nos últimos dias?
O coração disparara outra vez.
— Tudo bem? – Christopher abriu a porta do banheiro e ela deu um pulo da cama. – María!
— Ah! – ela levou as duas mãos ao peito.
— O que foi? – ele a olhou com espanto. – María? – prendeu melhor a toalha na cintura e aproximou-se, só então viu a expressão assustada que a noiva tinha. – Alexa, acenda a luz do quarto! – pediu e sentou-se ao lado dela. – Amor, o que houve? – perguntou, mas tudo o que recebeu de resposta foi as lágrimas transbordando pelos olhos dela. – María! – assustou-se ainda mais com ela. – Amor, fala comigo! – pediu com carinho, mas quanto mais falava, mais ela parecia se assustar. – Vou te abraçar, tá bom? Eu posso? – viu-a soluçar. – Eu vou te abraçar! – decidiu e sentou-se mais perto dela, envolvendo-a em seus braços.
Sentiu o corpo trêmulo da noiva, o rosto dela ficou contra seu ombro nu e ele notou como a morena molhava sua pele com tantas lágrimas.
Franziu o cenho, sentia que não havia uma palavra boa o suficiente para acolhê-la e fazê-la sentir-se realmente bem.
Então apenas abraçou-a mais e mais enquanto lhe beijava carinhosamente o alto da cabeça, na intenção de que ela, pelo menos, se sentisse protegida.
Deslizou as mãos pelas costas dela e sentiu o vestido molhado dela, o sonho havia sido tão intenso, que ela chegara a transpirar.
— Meu amor... – beijou o rosto dela. – Vamos tomar um banho? Eu entro de novo com você, o que acha? – ela seguia chorando em silêncio. – Amor? Chiquita... – ela soluçava sem parar, mantendo a testa contra o ombro dele. – Amor, estou preocupado com você. Eu preciso que você me responda, por favor. – acariciou a bochecha molhada dela. – Aceita tomar um banho comigo? Por favor. Estaremos juntos. – ela o olhou. – Por favor, minha vida... – deu um leve sorriso. – Você está suada de tão nervosa. Me deixe te ajudar, hm? – beijou o canto dos lábios dela. – Posso cuidar de você? Você deixa? – ela fechou os olhos. – Vou te levar no colo, tá bom? Prometo que não te largo. – disse, e ela o abraçou com força. – Meu amor... eu não vou te soltar nunca! Prometo!
Christopher passou um dos braços por debaixo dos joelhos dela, acomodou a morena em seus braços e a levou para o banheiro.
Entrou com ela embaixo do chuveiro, despiu-a devagar e então a abraçou, deixando que a água molhasse ambos os corpos.
Deslizou os dedos carinhosamente entre os fios castanhos dela, depois subiu até a bochecha, como se pudesse limpar as marcas que as lágrimas haviam deixado.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...