Capítulo 56

575 50 339
                                    

Capítulo 56

Christopher revirou-se na cama ao ouvir o som do celular, esticou o braço para o lado e parou o despertador no aparelho. Girou o corpo, na intenção de abraçar a noiva, mas sentiu apenas o vazio na cama.

Abriu os olhos rapidamente e notou que estava sozinho no quarto. Mirou a mesa de cabeceira, e não havia nada, nem celular dela e nem o copo de água que ele deixara na noite anterior.

— Não, não, não... – tirou o cobertor de cima de si, e então a porta do quarto se abriu.

— Ah, não... você acordou! – Dulce lamentou-se, carregando a bandeja com o café da manhã.

— María! – respirou aliviado ao vê-la ali, sorrindo, com o cabelo preso em um improvisado coque e vestindo apenas a camiseta que ele colocara nela na noite passada.

— Durma de novo, vai! – colocou a bandeja sobre a cama. – Eu quero te acordar. – ele arqueou as sobrancelhas. – Vai, Alex! O que te custa?

— Direito, hein? – ele deitou-se de lado e cobriu-se por inteiro.

— Garoto... – ela engatinhou na cama, aproximando-se dele.

— Direito, Maria! – ele disse, abafado pelo cobertor. – Com carinho! – escutou-a rir.

— Meu amor... – virou-o para si e sentou-se sobre ele. – Bom dia, chiquito. – puxou o cobertor do rosto dele. – Lindo... – beijou-lhe o rosto. – E gostoso. – desceu a boca até a orelha dele.

— É sacanagem! – apertou as mãos na bunda dela. – Assim não, María!

— É assim que eu gosto! – tocou o rosto dele e juntou as bocas. – Todo meu!

Christopher aproveitou a disposição e o bom humor da morena, e então subiu as mãos por dentro da camiseta branca dela, apertando cada espacinho de pele da noiva.

Dulce roçou o corpo sobre o dele, mesclou as línguas demoradamente e encerrou o beijo mordendo-lhe o lábio inferior enquanto uma de suas mãos acariciava calmamente o cabelo bagunçado do senador.

— Eu não vou levantar dessa cama. – ele sussurrou, mantendo as duas mãos sobre a bunda dela. – Você por cima de mim é um pecado.

— Pecado seria se eu não fosse aproveitar você inteiro. – encostou o rosto dele. – Mas eu vou... e como vou!

— Garota... – roubou um rápido beijo dela. – Você está melhor?

— Sim, renovada! Nem parece que ontem tinha uma guerra dentro da minha cabeça. – subiu a coluna, mas manteve-se sentada sobre ele. – Acordei e tinha um recado da Lú no quarto.

— Tinha? – franziu o cenho.

— Dizia: mesmo que esteja bem, tome o segundo remédio, depois coma algo com o cari e vá para a casa do Poncho. – deu de ombros. – Tomei o remédio, mas confesso que pretendo me demorar bastante no café da manhã. Porque primeiro vou comer com você. – mostrou a bandeja que preparara. – E depois quero ser comida por você.

— María... – sentou-se na cama e a segurou pela cintura. – Que horas são?

— Cedo. – despreocupada. – Sama ainda nem chegou. E com certeza a Lú marcou na casa do Poncho para falarmos daquele assunto desgastante. – arfou. – Eu preciso de um descanso disso, pelo menos por umas horas. Podemos simplesmente esquecer tudo e aproveitar um pouquinho?

— María... – mirou-a e ela arfou. – Não faça essa cara.

— Eu? Você é que está com uma cara de quem vai jogar um belo balde de água fria nos meus planos. – saiu de cima dele.

Jogada ParalelaOnde histórias criam vida. Descubra agora