Capítulo 38

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Capítulo 38

01 de setembro, sábado ensolarado, calmo... e sete horas da manhã.

— Urgh. – Dulce grunhiu, enrolando-se na cama para não ouvir o toque do celular.

Havia dormido tarde, graças à noite de pizza que Fernando inventara para ela e Anahí. O momento em família terminou já depois das duras horas da manhã, e ainda que a morena se irritasse por precisar acordar cedo, confessava que passar as horas com o pai e a irmã fora um respiro positivo em meio à tensão dos últimos dias.

Maite voltara do jantar com os pais pouco depois da meia noite, mas optou por não se meter no assunto da família, então seguiu para o quarto e os deixou a sós.

Fernando não permitiu que Anahí fosse embora tão tarde, sendo assim, a loira terminou com Dulce na cama tão pequena da irmã.

O toque do celular agora, entretanto, seguia cada vez mais alto, e a morena não tinha saída a não ser atendê-lo.

— Mas que merda! – esticou o braço e puxou o aparelho para si. – Alô?

Oi, Dul! – o deputado soou extremamente animado do outro lado da linha. – Bom dia, tudo bem?

Quem é? – tirou o aparelho do ouvido e viu o nome do homem ali. – Poncho! Oi! Está tudo bem?

Sim, claro, tudo ótimo! Não te acordei, né?­

Não, não, claro que não. – pigarreou e sentou-se na cama, estranhando não ver a irmã ou a amiga ali. – Mas confesso que estou surpresa. Aconteceu alguma coisa?

É que não sei se vamos ter tempo para falar disso depois, então quis antecipar o assunto contigo e... – disse baixo. – Acho que encontrei a Mencía!

O que? – Dulce gritou e levou uma das mãos à boca. – Eu quero dizer... que... que bom! Mas como... como assim?

Eu sabia que você ficaria feliz! – animado. – Pedi ajuda à Lucía, você sabe que ela tem um dom especial para essas coisas.

Sim, claro que sei. – levou uma das mãos à cabeça, poderia ter pedido a ajuda da amiga antes. – E o que ela achou?

Uma possível localização da Mencía, ou melhor, do celular que acreditamos ser dela. E enfim, eu vou mandar o detetive para lá agora. – ansioso. – Só queria... só queria dividir contigo e... digo, sei que você tem torcido muito por mim.

Sempre, Poncho. – fechou os olhos. – Estou sempre na torcida e tentando ajudar, ainda que eu não seja tão boa quanto a Lú.

Sua torcida vale mais do que muito profissional por aí. – brincou. – Vou contar ao Christopher agora, ele está vindo aqui para casa. Confio em vocês dois.

Obrigada. – disse baixo. – Por compartilhar isso comigo, realmente... muito obrigada.

Espero já ter alguma notícia durante a sua visita. – suspirou. – Christopher disse que vai entrar, dessa vez. Tudo bem, né? Ele me comentou que vocês discutiram e...

Entrar? – franziu o cenho. – Entrar aonde?

Na sala do hospital. ­– confuso. – Só estou esperando por ele e nós já vamos sair.

Dulce deu um pulo pelo susto e mirou o calendário sobre a penteadeira do quarto, a data circulada com uma anotação em vermelho dizia: visita hospital.

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