Capítulo 52
Christopher abriu os olhos no primeiro toque do despertador, buscava sempre fazê-lo antes de Dulce, assim poderia desligar o celular e acordar a morena com beijos ao invés do som agudo e ininterrupto do aparelho.
Aproximou o celular do rosto e viu que o mesmo marcava exatamente seis horas da manhã e não havia nenhuma mensagem de Anahí, aquilo era um bom sinal de que tudo estava tranquilo no trabalho. Colocou o aparelho no silencioso e o deixou novamente sobre a mesa de cabeceira.
Virou-se na cama e viu que a noiva dormia encolhida embaixo da coberta. Sorriu ao admirá-la.
Aumentou em dois graus a temperatura do ar condicionado e então puxou a morena para si, aconchegando-a em seu peito. Dulce sequer abriu os olhos, apenas apoiou-se ali, passou uma das pernas entre as dele e suspirou ao voltar a dormir.
Christopher sorriu, beijou-lhe o alto da cabeça e pegou no sono outra vez, era sempre fácil demais perder-se com ela, fosse como fosse.
Voltou a despertar cerca de quarenta minutos depois, abriu os olhos e notou que Dulce seguia na mesma posição em seu peito.
Esticou o braço até o celular e assustou-se ao ver que havia se passado um longo tempo dormindo com ela. Entretanto, ainda não recebera nenhuma mensagem do trabalho, e isso o tranquilizava.
Separou-se devagar da noiva, cobriu-a com carinho, e saiu com cuidado da cama; não queria acordá-la.
Vestiu a calça de moletom e a camiseta branca, imaginando que Samay já estivesse no apartamento, então desceu até a cozinha. Viu a mesa do café da manhã quase pronta e seguiu até a cozinha.
— Bom dia para a minha rainha! – brincou ao ver a senhora cortando as laranjas.
— Bom dia, meu menino! – abriu um largo sorriso ao vê-lo. – Como é bom vê-lo acordar com esse ânimo!
— Bom mesmo é acordar e te encontrar aqui! – beijou o rosto da senhora. – Chegou faz tempo?
— Agora há pouco, meu filho. – voltou a cortar as laranjas. – Ainda não terminei o café da manhã de vocês. A menina Dulce está aí, não é?
— Dormindo feito pedra! – abriu a geladeira. – Quero preparar uma surpresa para ela.
— Eu lhe ajudo! – olhou-o de soslaio. – Do que precisa?
— Melancia. – inclinou o corpo para frente.
— Na parte debaixo! – apontou, ainda que ele não a mirasse. – Ia preparar um suco de laranja, você prefere melancia?
— Não, laranja é ótimo. – pegou a fruta. – Mas quero cortar a melancia daquele jeito que você me ensinou, sabe? Em formato de coração.
— Sei, sei. – riu baixo. – Gosto de te ver romântico assim!
— Na verdade... – colocou a melancia sobre a pia. – As coisas ontem, entre nós, terminaram um pouco... – pensou por alguns segundos. – Não quero dizer que discutimos, porque não foi uma discussão, mas tivemos opiniões diferentes.
— Hm. – a senhora lavou as mãos. – Sabe que não se deve dormir em clima de discussão com ninguém, meu filho.
— E não dormimos assim! Nós nos acertamos antes, está tudo bem, mas... – deu de ombros ao final. – Eu queria mimá-la um pouco, enchê-la de carinho.
— Se é só isso o que você quer, eu lhe ajudo! – pegou a faca. – Tenho certeza que ela vai gostar.
— Eu espero. – foi até o armário e pegou o pacote de biscoito.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...