Capítulo 41

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Capítulo 41

Agenda do dia – 03/09
✓ Corrida 10km
✓ Café da manhã com a Mari e Poncho
✓ Reunião Conselho
✓ Almoço com Ministros
✓ Entrega de Projeto
✓ Fechamento aluguel casa
✓ Encomenda bebidas
✓ Visita colônia San Rafael

Christopher finalizou o último compromisso marcado, entrou novamente no carro e descansou o corpo no banco traseiro, fechando os olhos e aproveitando o frescor do ar condicionado.

— Dia cheio, não é, senhor? – Dario o olhou pelo retrovisor.

— Dia bom, mas em dado momento eu pensei que não fosse terminar mais. – o senador respondeu de olhos fechados. – Sabe que a culpa disso tudo é sua, não sabe?

— Minha, senhor? – virou-se completamente para ele.

— Sua, sim! – abriu os olhos e levantou a cabeça para ele. – Porque veio com a ideia de que eu ficaria mais disposto correndo pela manhã! – então o motorista gargalhou. – Eu estou um caco, Dario! Um verdadeiro caco!

— O senhor está é sedentário! – disse com naturalidade e o rapaz riu. – E daqui a pouco estará com uma barriga do tamanho da minha!

— Dario! – olhou para si. – Estou gordo assim?

— Eu estou! Mas já me casei e tive os meus meninos. – deu de ombros. – O senhor ainda está no início do caminho com a menina Dulce.

— Sabia! – bufou. – Estava demorando para você falar dela!

— Eis a razão do seu mau humor, rapaz... – piscou e virou-se novamente para a frente.

— Já estou cuidando disso! – arqueou as sobrancelhas. – E você sabe muito bem, portanto, chega de falar dela! – escutou os toques no vidro e então abriu a porta do carro.

— Obrigada! – Anahí entrou em seguida. – Trouxe para vocês. – deu uma garrafa de água para cada um.

— Obrigado, senhorita. – Dario sorriu.

— Valeu. – Christopher abriu a garrafa. – Terminamos por hoje, sim?

— Sim, foi um dia ótimo! – ela colocou a bolsa no banco, abrindo-a e pegando o caderno. – E muito produtivo, o povo te adora!

— Adora, mas achei que estavam mais inibidos do que da última vez. – bebeu a água. – Não me trataram mal, mas senti um... distanciamento. Leve, mas um distanciamento.

— Isso tem nome. – ela abriu o caderno. – Dulce María. – disse, e ele girou os olhos. – O povo quer vocês e estão irritados pelo seu envolvimento com a Roberta. É um fato, aceite.

— Eu aceitaria, se fosse um fato! – arqueou as sobrancelhas. – Não estou com a Roberta e não tenho a menor pretensão de ficar!

— Convença o povo disso. – sorriu com ironia. – E pare de dizer uma coisa e fazer outra.

— Ai, Anahí... – ele negou com a cabeça e bebeu a água. – Não quero discutir. Posso te levar para casa e descansar em paz?

— Sim, por favor. – rabiscou algumas palavras no caderno.

— Dario. – Christopher gesticulou e o motorista os arrancou dali.

— Até sexta-feira consegue me enviar o discurso do dia 16? – a loira seguia escrevendo.

— Claro. Vou tentar enviar antes, mas o mais provável é que eu cumpra o prazo, tudo bem?

— Sem problemas, estou te dando uma semana. – levantou o rosto para ele. – Discursar no Zócalo no dia da Independência é algo grandioso, Christopher. Eu não espero nada menos do que a perfeição, ok?

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