— Hey... – a loira entrou na sala.
Dulce e Dante levaram os olhos até a mulher jovem, beirando seus 34 ou 35 anos, com os cabelos sedosos e loiros, a pele bastante branca e os olhos de um verde água capaz de atrair a atenção de qualquer um.
— Hey. – Thierry assentiu com tranquilidade. – Esses são Dulce e Dante.
— Reconheci das fotos. – a loira sorriu e encostou-se à mesa. – Sou Katrina.
— É um prazer. – Dante esforçou-se e deu um leve sorriso.
— Prazer. – Dulce apenas murmurou, não fazia questão de forçar qualquer simpatia.
— Uau... ela é mesmo a cara da Anahí! – Katrina reparou na loira.
— Tem notícias do Jeff? – Thierry mirou a loira.
— Sim, acabei de falar com ele. – Katrina suspirou. – Encontrou a Anahí. Ela está bem, mas Anthony foi vê-la e as coisas não foram muito... leves. Eu disse a eles que aqui todos estavam bem e que você os traria para cá. – mirou o segurança.
— Deixei Jack e os demais na casa. – Thierry a avisou, e Dulce e Dante presumiram que Jack era o homem que chegara no carro com os demais funcionários.
— Já sabem quem são? – Olga perguntou, encostando-se à porta da sala.
— Jack me avisou agora, bati o endereço e Jeff confirmou. – Katrina disse, a voz parecendo mais séria do que antes. – Yelena e Mikhail Petronova.
— Tradicionais. – Olga opinou. – E poderosos. Temos um problema agora, hm?!
— Temos, com certeza. Os Petronova foram fortes aliados da Pavaga-Camorra por um longo tempo, mas há alguns anos migraram e estão com o Puente. – Katrina continuou.
— Puente? – Dulce a olhou. – Anthony Puente?
— Sim. – a loira assentiu. – Presumo que você salvou a Anahí hoje, menina.
— Perdão? – Dulce franziu o cenho.
— Anthony estava a ponto de matá-la quando Yelena ligou e disse que estava com você. Foi o que bastou para que ele fosse embora e deixasse a Anahí viva. – Katrina mirou a loira.
— O que? – Dulce arregalou os olhos.
— Então ela não a salvou. – Dante disse, e a funcionária o encarou. – Ela colocou um alvo em si mesma. Porque quem vai embora... uma hora volta. E não acho que esse Anthony voltará pela Anahí agora.
— Vocês não poderão ir embora enquanto não tivermos notícias do México. – Thierry mirou a dupla. – É arriscado.
Dulce afundou-se no sofá e levou as mãos ao rosto, permanecendo de tal modo enquanto o segurança continuava a conversa com a loira e a senhora.
Dante aproximou-se da ex, sentou-se ao seu lado e arriscou colocar uma das mãos sobre as costas dela.
— Sei que está brava comigo. – sussurrou. – Me desculpe por ter gritado.
— Não estou brava com você. – respondeu baixo.
— Você pode me olhar? – insistiu. – Por favor.
— Anahí poderia ter morrido. – tirou as mãos do rosto e o olhou. – Eu estou com muito medo de tudo.
— Eu sei. – deslizou os dedos pelas costas dela. – Eu também.
— E não é só ela. Aquele cara me mataria. Hoje, quando ele me olhou, eu vi o quanto ele realmente desejava me matar. – sentiu os olhos marejarem. – Doeu muito mais do que tomar um tiro. Porque a bala eu não esperava, eu não vi, mas hoje... hoje a morte foi anunciada. E eu não quero morrer. – mordeu o lábio inferior. – Eu não... não estou pronta para morrer. E nem perder ninguém. – negou com a cabeça. – Nem o meu pai, nem você, nem a Anahí, nem... – ele tentou abraçá-la, mas a loira se levantou. – Nem o Christopher. Nem ninguém. – olhou desnorteada para o local. – Ninguém mais.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...