— Christopher! – o grito era alto, agudo e bravo. – Uckermann! – e quanto mais se aproximava, mais alto ela gritava. – Christopher Uckermann! – entrou no quarto, batendo o pé a cada passo dado. – Christopher Uckermann!
— O QUE? – ele abriu os olhos, assustado e confuso. – O que foi? – parou a mirada sobre a expressão irritada da assessora. – Anahí! – cobriu-se rapidamente.
— Qual o problema com a sua noiva? – gritou novamente. – Qual é o problema? O que você aprontou, caralho?
— Hãn? – coçou os olhos. – Do que está falando? – perdido. – Pare de gritar.
— Christopher, eu estou falando sério! – bateu nas pernas dele, que se encolheu ainda mais na cama. – Isso vai te ferrar! Você não tem juízo? – gritou outra vez. – Vocês vão me deixar louca!
— HEY! – Lucía entrou no quarto, ainda vestindo apenas o pijama. – Que gritaria é essa tão cedo? Esse lugar virou um hospício?
— Ela não para de gritar! – Christopher apontou a assessora.
— Porque eu não sou palhaça! – voltou a bater nele. – Para ficar limpando as merdas que você e Dulce fazem por aí!
— Ai! – encolheu-se e ela lhe deu um tapa nas costas. – ANAHÍ! – disse alto. – Caralho! Eu não fiz nada! – reclamou. – Pare de me bater! Eu estava dormindo! Ainda é cedo!
— São seis e quinze! – Lucía gritou. – Seis e quinze! E a princesa loira está berrando pelo apartamento inteiro!
— Eu estou desde as três tentando conter o surto causado pela verdadeira princesa! – então mirou o senador. – A sua princesa do caos!
— Ok, eu já entendi! – Christopher disse alto. – Você está brava com a Dulce!
— Brava? Eu estou furiosa, Uckermann! – a loira gritou. – Furiosa!
— Pois vá se acertar com ela! – levantou-se da cama. – Não entre na minha casa para gritar comigo!
— A hora dela vai chegar, pode apostar! – brava. – Porque vamos ter que rebolar muito para limpar o tamanho da merda que ela fez!
— Não é essa a sua especialidade? – pegou o celular. – Que saco! Eu não tenho o direito de dormir em paz! – foi para o banheiro.
— Christopher! – a loira esbravejou.
— Me deixe mijar, Anahí! – entrou no banheiro e bateu a porta.
— Argh! – ela grunhiu. – Eu não vou embora! – escutou o barulho da descarga, e sabia que era apenas para provocá-la. – Te espero lá embaixo!
Christopher encostou-se à pia e respirou fundo, não havia sequer conseguido abrir os olhos e já estava imerso nos problemas novamente.
Olhou-se no espelho, viu o cabelo despenteado, a camiseta branca amassada e a samba canção azul que vestira para dormir.
A dor de cabeça, que começara na tarde anterior, o perseguira até o início da noite, e aumentara logo após a conversa com Dulce.
Sem disposição para pensar nos problemas, ele optara por algo que, embora não gostasse, costumava ser a sua única solução em dias como aquele: o remédio.
Um único comprido e ele já havia caído no sono e, portanto, não acompanhara nada do que acontecera durante a noite.
— Cacete... – sussurrou e pegou o celular. – Eu não consigo nem acordar direito. – deslizou o dedo pela tela e viu as duas mensagens da noiva.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...