Capítulo 16

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Capítulo 16

Dulce acordou com as insistentes batidas na porta do quarto, e como elas se faziam cada vez mais fortes, tornou-se impossível não abrir os olhos.

― Já acordei! – gritou, jogando o cobertor por cima de si mesma. – Vou tomar banho!

Ficou mais alguns minutos deitada na cama, então tateou a mesa de cabeceira e puxou o celular para si: 13h05

― Merda... – abriu as mensagens não lidas.

Anahí Puente
Bom dia, cãozinho! Esse é o tipo de coisa que eu não espero ler, mas fico feliz em ler.
Levo um vinho para o almoço, sim?
Chego perto das 13h.
Espero que esteja acordada quando eu chegar ou terei que te acordar...
Um beijo!

Maite Perroni
Coisinha linda, bom diaaaa!
Que tal uma corrida no Chapultepec e um almoço com a sua melhor amiga?
Responda assim que despertar do seu sono de beleza!

Santiago Iglesias
E aí... abaixou o fogo, encrenca?
HAHAHA
Obrigado pelo rolê ontem! Você é a melhor!
Passo às 18h para te buscar para o de hoje!
Beijo.

― Merda! – jogou o celular novamente na mesa de cabeceira e levantou-se com pressa. Puxou a toalha e entrou correndo no banho.

Lavou o cabelo e não se preocupou em secá-lo. Colocou o short jeans de cintura alta e lavagem clara, o cropped azul marinho, e por cima, a camisa listrada com diversos tons de azul.

Passou a base pelo rosto e o corretivo na região das olheiras, construiu algumas camadas de rímel e preencheu os furos das orelhas com as argolas douradas em diversos tamanhos. Deu cor aos lábios e as bochechas rosadas.

Assim que calçou o chinelo, ouviu novamente as batidas insistentes na porta do quarto.

― Que mãozinha mais nervosa essa sua! – Dulce abriu a porta e deparou-se com a loira ali; definitivamente eram opostas em tudo.

Anahí usava a calça rosa de couro, o cropped lilás e o leve casaco branco por cima. O cabelo vinha preso em um alto e impecável rabo de cavalo.

Os olhos claros sobressaltavam na maquiagem leve e nas diversas camadas de rímel que esticavam ainda mais seus cílios. Nos pés, a sandália branca de salto fino que Dulce, rapidamente deduziu, lhe custaria muitos meses de trabalho.

― Você e eu... – Dulce disse, olhando-a de cima a baixo. – Nada a ver. É um fato.

― Eu sei! – Anahí sorriu. – Você é brega demais. – olhou-a por inteiro.

― Ah... não! Você pode dizer tudo, menos isso. – abraçou-a de lado. – E para que saiba: o seu estilo no trabalho me agrada muito mais do que a versão almoço de família.

― E para que saiba: eu não uso chinelo. – fez cara feia e a morena gargalhou. – Pelo amor de Deus, vá colocar um sapato!

― Mas eu não vou mesmo! – sorriu divertida. – E agora menos ainda!

― Espero que isso aí não seja uma discussão! – Fernando disse alto enquanto levava com Remedios mais algumas travessas de comida para a sala.

― Pai, é sempre uma discussão com ela. – Dulce deu de ombros e foi até o homem, beijando-o seguidas vezes no rosto. – Bom dia, meu amor!

― São quase duas da tarde, minha filha! – riu e beijou o rosto dela. – Está muito bonita, meu amor!

― Obrigada! Diga isso para ela! – apontou a loira. – Estava encrencando com a minha roupa!

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