Capítulo 11
Dulce acordou com o toque do celular em cima da mesa de cabeceira, esperou que o homem o desligasse, mas Christopher parecia não se incomodar com tal barulho.
A morena abriu os olhos, viu o homem dormindo tranquilamente, e então debruçou-se sobre ele, pegando o celular e resmungando ao ler: Anahí.
— María? – ele abriu os olhos ao sentir a pressão sobre si. – Estava tocando? Eu não ouvi.
— Estava, mas ninguém deveria atormentar o outro às sete e meia da manhã. – recusou a chamada e voltou a deitar-se. – Era a Anahí, viu?
— Não quero falar com ela agora. – puxou-a para os seus braços novamente.
— Hm, adoro quando começamos o dia concordando em algo. – deitou a cabeça no ombro dele. – Você dormiu bem?
— Muito bem. – assentiu, acariciando a cintura dela.
— Nenhum pesadelo mais? – deu um leve sorriso.
— Não é possível ter pesadelos com você por perto. – beijou a testa dela, e então o telefone tocou outra vez.
— Mas aparentemente a minha irmãzinha sabe como ser um senhor pesadelo. – sorriu com ironia e ele riu.
— Não vou atendê-la agora. – esticou a mão para o lado e desligou o celular, colocando-o no silencioso em seguida.
— Eu gosto assim. – suspirou satisfeita.
— Então... – ele riu baixo. – Já está aceitando a realidade e chamando a Anahí de irmã?
— Vá à merda, Christopher Alexander! – levantou o tronco e o olhou com cara feia.
— O que? – ele riu e tentou puxá-la, mas ela negou. – Vem cá, garota! Só estou falando a realidade, qual o problema?
— A realidade vai ser a minha mão na sua cara! – reclamou e ele girou os corpos, deitando-se por cima dela. – Não abuse, você não está em alta comigo!
— Achei que estivesse muito em alta, não acabou de me elogiar? – brincou e ela fingiu não ouvi-lo. – Sua bravinha, eu estou te provocando! Por acaso não sabe que isso é o que eu mais gosto de fazer? – piscou e ela girou os olhos. – María... não faça essa cara!
— E você, não fale da Anahí para mim! – afastou as pernas e o prendeu ali. – E menos ainda quando está em cima de mim!
— Desculpe... – o sorriso diminuiu aos poucos. – Vou sair.
— Não... – encarou-o. – Não saia.
— María... – apoiou o antebraço ao lado do rosto dela.
— Não saia mais. – aproximou os rostos.
— María... – entrecerrou os olhos.
— Não saia... não saia nunca mais. – levantou o rosto e a boca alcançou a dele.
O beijo aconteceu mais intenso do que planejavam, mais rápido que desejavam. Tinham o desejo guardado desde a noite anterior, e nem mesmo sabiam como haviam conseguido conter a vontade durante tanto tempo.
Dulce deslizou os pés pelas pernas dele, os braços rodearam o pescoço do noivo e as mãos terminaram por acariciar lentamente seus fios castanhos.
A mão dele correu habilmente por dentro da camisa branca que ela usava e subiu até encontrar o seio dela, apertou-o com carinho. O gemido veio em seguida, respondendo positivamente ao toque.
— María... – sussurrou ao pé do ouvido dela.
— Já sei o que acontece comigo quando estou contigo. – disse, consciente de que ele se lembraria de tal diálogo, o mesmo que haviam tido quando ela despertara com ele pela segunda vez no apartamento.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...