Capítulo 57, parte II

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— María... – olhou-a e sentiu o coração acelerar. – Preciso te mostrar uma coisa.

— Me mostrar? – franziu o cenho.

— Algo que escondi e não... não tive coragem de revelar. – confessou, soltando a cintura dela.

— O que é? – saiu de cima dele. – Que coisa é essa?

— Vou te mostrar. – levantou-se em seguida.

Christopher caminhou até o quadro que mantinha na parede do quarto com a foto em preto e branco da capital Mexicana. Tirou-o da parede e digitou a senha no cofre prateado.

— Alex! – arregalou os olhos. – Alex! Meu... meu Deus! Alex!

— Não quero te esconder mais nada. – ele abriu o cofre.

— Você tem um cofre na parede! – exclamou outra vez, ainda espantada. – Meu Deus do céu!

— E um fundo falso na última gaveta do meu escritório. – ele pegou os envelopes e uma caixa de meta. – Sama era a única que sabia sobre isso... e agora você.

— Eu jamais pensaria nisso! – seguia abismada. – Eu não sei nem o que falar! O que... o que guarda aí dentro?

— Coisas que são importantes, mas que espero não precisar usar. – sentou-se de frente para ela.

— Sama também sabe dessa parte? – franziu o cenho.

— Não. A única pessoa que sabe o conteúdo deste cofre, agora, é você. – colocou o envelope e a caixa sobre a cama. – Nunca o revelei para ninguém.

— E Anahí? – ela o olhou, e o noivo negou. – Poncho?

— Amor, ninguém. – encarou-a. – Falo sério.

— Ok. – disse com certo receio. – Posso ver? – mirou a caixa de metal.

— Sim, claro. – assentiu e empurrou a caixinha para ela.

Dulce abriu o pequeno objeto de metal e então viu diversos passaportes ali. Levou os olhos para o noivo, voltou a mirar o passaporte, e logo o noivo outra vez.

— Pode abrir, se quiser. – ele disse, vendo a expressão de dúvida dela.

— Por que tem disso? – perguntou e ele apenas incentivou-a abrir os documentos. – Eu não consigo entend... – parou de falar ao ver a foto do pai no passaporte. – O que... – abriu o segundo documento e viu a própria foto. – Mas... – e, por fim, viu a foto do noivo no terceiro passaporte.

— Se algo der errado. – confessou. – Dario tem o dele e o da Sama.

— Christopher! – pasma, abriu os dois passaportes restantes, e viu o nome de Dante e Noah ali, embora ela reconhecesse que o rapaz na foto era apenas Noah, com diferentes roupas. – O que é isso?

— Isso era para antes. – comentou. – Caso tivéssemos precisado do helicóptero e as coisas tivessem acontecido de outra forma.

— Você cuidaria dos dois? – piscou seguidas vezes.

— Sim. Anahí tem vários desses em casa. – deu de ombros. – Eu não precisaria disponibilizar um passaporte para ela.

— Estava realmente disposto a isso? – perguntou, quase como uma afirmação para si mesma.

— Não sabíamos qual seria a situação do Dante. – justificou-se. – E os recursos que ele poderia vir a precisar.

— Alex... – encarava as fotos. – Você pensou no meu pai!

— Eu não pensei, eu penso! Não posso deixá-lo longe de nós! – disse em tom óbvio e ela o encarou. – Você não concorda?

— Eu te amo! – disse séria.

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