Capítulo 25

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Capítulo 25

Anahí demorara quase meia hora para conseguir dormir, estava agitada por todo o dia que vivera com a nova família e não foi fácil conseguir que o corpo relaxasse.

O sonho durante a noite variou entre a infância que vivera e a que desejava ter vivido com Dulce, os sentimentos dentro de si estavam intensos e confusos.

Acordou com o toque do celular, e no mesmo instante puxou o aparelho para si, vendo o nome do funcionário na tela.

— Fala, Thierry. O que foi? – ela pigarreou ao atender, esforçando-se para disfarçar a voz de sono. – Está tudo mantido. Pode buscá-los no aeroporto, quero que se apresente e se coloque à disposição. – sentou-se na cama. – Perfeito. – assentiu. – E, Thierry... não tire os olhos deles nem por um minuto. Dulce e Dante não devem dar um passo sem que eu saiba. – escutou a resposta afirmativa do homem. – Tem autorização plena para fazer o que precisar, efeitos colaterais não importam. Obrigada. – encerrou a ligação em seguida.

Passou as mãos pelo rosto e exalou pesadamente, nem mesmo pudera aproveitar a noite tranquila de sono.

Deslizou o dedo pela tela do celular, viu as fotos de Dulce e Dante em Munique, um café da manhã em feliz clima no lobby do hotel, aparentemente não haviam saído dali.

— Por favor, não ferrem tudo agora. – murmurou e o celular vibrou em suas mãos, indicando a nova mensagem.

Anthony Puente
Onde diabos você se meteu?

Uma única pergunta. Sem nenhuma saudação inicial, sem despedida, sem detalhes, apenas uma única e fria pergunta.

E Anahí sabia muito bem que uma pergunta como aquela significava apenas uma coisa: ele já sabia a resposta há muito tempo.

— Merda. – discou rapidamente e recostou-se na cama enquanto o celular chamava. – Bom dia, Jeff. Como está tudo por aí? – encarou as estrelas coladas no teto do quarto. – Ótimo, é perfeito. Reforce os endereços principais, redobre todo o quarteirão da casa do Fernando e da Remedios. – pressionou a ponta dos dedos contra a testa. – Hm. Principalmente no Alfonso e no Christopher, porque não... – arfou. – Eu não sei qual será o próximo passo do Anthony agora, ainda estou estudando. – franziu levemente o cenho. – Me envie tudo o que tiver do Walter. Tem alguma notícia da clínica? – girou os olhos ao ouvir a resposta negativa do funcionário. – Reenvie os arquivos, eu preciso olhar melhor. E qualquer alteração, me avise imediatamente. Obrigada. – encerrou a ligação e fechou os olhos. – Merda, merda, merda!

Encarou o celular por alguns segundos, sabia que não responder a mensagem de Anthony a colocava em problemas, mas tinha consciência de que respondê-la poderia causar problemas ainda maiores.

O celular voltou a vibrar em suas mãos, indicando o novo e-mail recebido, então a loira dedicou-se a ler o que Jeff lhe enviara.

Poucos minutos depois, o aparelho vibrou novamente, agora com a nova chamada do senador.

— Christopher Uckermann. – Anahí o atendeu com seriedade. – São oito e meia da manhã de um domingo. Domingo!

— Não foi você quem me ensinou a trabalhar durante os sete dias da semana? – ele sorriu apenas para provocá-la. – Bom dia!

— Essa parte contém alguma verdade. – a loira sorriu de lado. – Bom dia. Tudo bem por aí?

— Tudo andando. Você falou com a Dulce ontem? – perguntou sem rodeios.

— Christopher... – arfou.

— Ela disse alguma coisa? – curioso. – Entendeu que não rolou nada?

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