Capítulo 51
Anahí acordou com o diante do primeiro toque do despertador, abriu os olhos com rapidez e encarou o quarto ao redor.
Pausou o aparelho, sentou-se na cama e reparou na decoração simples do quarto da irmã, nos porta-retratos da morena, em como tudo era delicado e tão cheio de vida; Dulce era completamente diferente dela.
Levantou-se e foi até o banheiro, lavando o rosto para conseguir despertar melhor. Havia dormido na casa de Fernando, a pedido dele, e embora o senhor se esforçasse para que a loira estivesse confortável, era inevitável sentir-se estranha em uma cama que não tinha nada do conforto ao qual estava acostumada.
Voltou para o quarto e olhou a hora no celular: 6h10
Tinha 20 minutos. Era agora. Agora ou nunca.
— Vamos, Dulce. – Anahí trancou a porta do quarto. – Me entregue alguma coisa. – bloqueou a Alexa para que a morena não pudesse fazer uma chamada de drop-in com o aparelho. – E qualquer coisa serve.
Olhou ao redor por alguns segundos e foi até a gaveta da morena, abriu as primeiras, revirou as maquiagens, os acessórios de cabelo e os diversos brincos.
— Santo Cristo, como é possível alguém guardar tanta tranqueira! – girou os olhos e abriu as gavetas debaixo.
Pegou o gravador da morena, mas não escutou nada que já não conhecesse. Mexeu nos cadernos, nas folhas de trabalho, achara um álbum de fotos, mas nada... nada de útil.
— Merda, Dulce! – arfou. – Mas que... – viu a gaveta trancada. – Hm! – pegou o grampo em cima da penteadeira. – É para o seu próprio bem.
Deslizou habilmente o grampo na fechadura e não demorou muito para abrir a gaveta. Puxou-a com ansiedade e então pegou a pasta nas mãos.
— Vejamos o que você descobriu... – passou as diversas folhas. – Currículo, faculdade, trabalho, blá blá blá... – girou os olhos. – Urgh, merda! – soltou as folhas e bateu na escrivaninha. – Merda! – levou as mãos ao rosto. – Ela sabia, ela sabia, ela sabia! – respirou fundo e então mirou o porta-retrato com a foto da morena. – Dul, Dul... o que você está escondendo de mim? E por quê? Por quê?
Guardou a pasta novamente, fechou a gaveta e passou a procurar no restante do quarto, olhou embaixo do colchão, dentro do enchimento do puff, abriu o guarda-roupa, revirou as gavetas e o mediu de cima a baixo.
— Onde diabos você escondeu o seu segredo? – fechou os olhos, buscando concentrar-se nas possíveis ações da irmã.
O toque do celular, entretanto, a fez desconcentrar-se por completo e dar um pulo pelo susto. Foi até a cama e pegou o aparelho, franzindo o cenho ao ver que o número era marcado como desconhecido.
— Pronto. – a loira atendeu com desconfiança.
— Anahí? – a voz feminina soou conhecida do outro lado da linha.
— Alô? – Anahí repetiu. – Quem fala?
— Aní? – então a voz tornou-se branda. – É você, meu amor?
— Mãe? – Anahí deixou-se cair na cama, seu coração havia acelerado instantaneamente.
— Ani! Minha princesa! – a mulher soou emocionada e feliz. – Filhinha! Que saudade!
— É você, mãe? – arregalou os olhos. – É mesmo você?
— Sou eu, minha princesa! Sou eu! – e de repente, a voz de Anna parecia tão fácil de se reconhecer. – Filhinha, eu estou com tanta saudade de você!
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...