Capítulo 15
― Christopher! – bateu no ombro dele. – Christopher! – bateu mais forte. – Ora, Christopher Alexander! – brava. – Acorde já!
― Hãn? – ele abriu os olhos aos poucos e sentiu o peso sobre seu braço.
― Christopher! – a voz soou ainda mais brava e ele olhou ao redor, vendo Ariel deitada sobre si, o lençol cobrindo ambos os corpos. – Uckermann!
― Sama? – ele virou-se na direção da voz e arregalou os olhos ao ver a senhora ali.
― Levante-se já! Que pouca vergonha! – bateu nele outra vez. – Francamente! Você não tem mais idade para isso! – recolheu algumas das bebidas e saiu da sala.
― Hãn? – ele coçou os olhos e mirou a ruiva deitada no sofá.
― Ela já foi? – Ariel perguntou de olhos fechados.
― Já. – olhou ao redor. – Estava acordada, é?
― Estava. – a ruiva o olhou. – Mas eu é que não ia arriscar abrir os olhos e apanhar dela também!
― Esperta! – riu com a amiga. – Eu teria fugido, se pudesse.
― Qual a nossa situação? – fez cara feia. – Estamos muito mal?
― Não, tudo coberto por aqui. – olhou os corpos. – E você continua linda.
― Chipi! – riu e beijou o peito dele. – Dormiu bem?
― Perfeitamente bem. – acariciou o rosto dela. – Estava em boa companhia.
― Eu também. – beijou-lhe os lábios.
― Quer tomar um banho comigo? – piscou ao final.
― Hm, adoraria, mas... – sentou-se no sofá e pegou o sutiã jogado. – Não posso.
― Hoje é sábado, chipi. – franziu o cenho. – Tem compromisso?
― Um almoço. – colocou o sutiã. – E preciso me arrumar, mas... – vestiu rapidamente a calcinha. – Se quiser fazer algo depois...
― Então é assim? – enrolou o lençol no corpo. – Você me dispensa e volta quando quiser?
― Sempre foi assim. – colocou o vestido. – Está surpreso por quê?
― Não me surpreende o fato, me surpreende você dispensar a comida da Sama! – disse sincero e riram juntos.
― Não dispensarei da próxima vez. – colocou a bota.
― Certo. – ele pegou a samba canção preta.
― Chipi... – colocou o par da bota e o olhou. – Gosto de ver que você está bem na sua versão solteiro de novo.
― Estou mais do que bem. – sorriu. – Estou perfeito.
― Ótimo, portanto... – pegou a bolsa enquanto ele se vestia. – Pode voltar a me ligar.
― Está marcado. – vestiu a cueca e levantou-se.
― O tempo passa... – abraçou-o. – E você continua o mesmo gostoso de sempre. – beijou-lhe rapidamente os lábios. – A gente se vê logo. – disse, e ele assentiu. – Vá mesmo tomar um banho, seu cabelo está desastroso, chipi!
― Eu já vou! – riu sem graça e passou a mão pela cabeça.
― Até mais! – piscou e foi até a porta. – Te quiero!
― Yo a ti! – acenou e ela deixou o apartamento.
Christopher sorriu e olhou o sofá, lembrando-se das várias vezes em que estivera com a ruiva, na noite passada. Não tivera coragem de levá-la para o quarto, nem mesmo para o bar; tudo ali o fazia lembrar-se de Dulce.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...