Capítulo 22, parte III

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— Obrigada. – a loira sorriu. – Você não me mandou o número da pessoa que te ligou.

— Ué, você não tem acesso a tudo? – riu, debochada. – Por que não descobre sozinha?

— Eu poderia, apenas estou te dando a chance de fazer isso. – devolveu o sorriso debochado e a irmã gargalhou.

— Você é ridícula! – reparou que a loira olhava para o lado. – O que foi, satã?

— Chegou alguém aqui, Dulce. – sorriu de lado. – E pela cara de curiosidade, quer falar com você!

— O que? – a loira sentiu o coração disparar ao pensar no senador. – Anahí, quem é?

— Venha falar com ela! – Anahí incentivou.

— Quem é? – outra vez Dulce perguntou.

A assessora ficou em silêncio, variando os olhos entre a tela do celular e a pessoa que, até então, seguia fora do campo de visão de Dulce.

A voz dele foi o primeiro que Dulce ouviu, e resumiu-se a um simples:

— Oi.

Logo a imagem de Christopher formou-se na tela enquanto ele sentava-se ao lado da assessora. Olharam-se e ambos arregalaram os olhos.

Dulce estava surpresa por vê-lo ali, tão disposto a falar com ela, com a camisa de cor gelo, o cabelo levemente jogado e os olhos firmes contra os dela

Christopher estava sem palavras ao vê-la com a nova cor de cabelo, parecia reparar em cada detalhe da ex-noiva.

Por alguns instantes, ficaram em silêncio, embora quisessem falar, mais parecia que todas as palavras haviam se tornado insuficientes.

— Vocês preferem que eu saia? – Anahí quebrou o silêncio do ambiente. – Assim vocês podem conversar com palavras além desses olhares todos.

— Hm! – Dulce pigarreou e sentou-se na cama, passando nervosamente uma das mãos pelo cabelo. – Oi, Christopher.

— Oi... é... – ele começou a falar, os olhos passeando pelo rosto dela. – Você está muito...

— Diferente? – Dulce perguntou, tentando descontrair o clima entre eles.

— Bonita. – sorriu ao falar. – Diferente e bonita.

— Obrigada. – franziu levemente o cenho. – Eu acho.

— Foi um elogio... é um elogio! – ele sorriu sem graça ao explicar-se. – Meio que me lembra alguém... – olhou de soslaio para a assessora. – Assim.

— É a genética! – Anahí sorriu ao falar. – Eu sempre soube que a cãozinho se inspirava em mim.

— Enfim! – Dulce girou os olhos. – Eu não quis atrapalhar, só liguei para dar um oi e...

— Onde você está? – ele perguntou e a ex arregalou os olhos. – Não... eu não quis... eu não quis parecer... só vi o quarto... eu não reconheci... bem, perdão. Foi a força do hábito. Perdão.

— Estou viajando a trabalho. – Dulce respondeu, sorrindo internamente ao ver a preocupação dele.

— Ah... legal! – ele sorriu verdadeiramente ao falar. – Você merece! A editora está certa em lutar por você.

— Obrigada, eu... obrigada. – corou de leve. – Assisti o seu discurso ontem.

— Você gostou? – perguntou em seguida, e Anahí riu, recebendo os olhares de reprovação do homem.

— O que foi? – a assessora arqueou as sobrancelhas ao perguntar. – Está parecendo adolescente quando se apaixona!

— Anahí! – ele bufou e negou com a cabeça.

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