Entrou no quarto e notou que o barulho da água do chuveiro parara logo em seguida. Sorriu sozinha.
Sentou-se na cama, inclinou levemente o corpo para trás e fechou os olhos.
— Três, dois... – ela sussurrou para si mesma. – Um...
— María. – entrou no quarto e ela sorriu, abrindo lentamente os olhos e girando o rosto para ele.
— Sim? – sorriu ao vê-lo todo molhado e a toalha presa de maneira torta em sua cintura.
— Por favor. – seguiu parado, molhando o chão com as várias gotas de água que ainda deslizavam por seu corpo. – Quero você.
— Agora não temos tempo. – jogou levemente os ombros. – Mais tarde, não?
— Temos, sim. – ele argumentou, mas não moveu-se. – Criaremos tempo. Por favor, eu quero muito, eu preciso... – encarou-a. – Desejo você. Diga que sim.
— E se eu disser que não? – pendeu levemente a cabeça para o lado, era um charme vê-lo de tal forma.
— Vou realmente bater uma pensando em você. – disse com tanta sinceridade, que ela não conseguira nem mesmo evitar o leve riso. – Mas prefiro algo real contigo.
— Ainda não estou convencida. – mordeu o lábio inferior. – No que você pensaria?
— Hãn? – preparou-se para dar um passo, mas então travou. – Como?
— Venha cá. – bateu de leve no colchão. – Me conte no que pensaria. Quero ouvir.
— Como que... – aproximou-se com receio. – Como assim você quer ouvir?
— Eu quero que me conte. – sorriu quando ele sentou-se ao seu lado. – Descreva o que você imaginaria... como me imaginaria.
— María. – passou a mão pelo rosto. – Não faça isso comigo. Não aguento uma coisa dessas.
— Aguenta, sim. – deslizou o dedo indicador pelo braço dele. – Você é forte. Me conte, vai, eu estou louca para ouvir.
— Eu quero te agarrar. – colocou a mão sobre a dela.
— Mas não vai. – olhou-o diretamente nos olhos. – Porque eu disse que não quero... certo?
— Urgh! – arfou e manteve-se encarando-a. – Certo.
— Então, Alex, o que você imaginaria para bater uma em minha homenagem? – o sorriso tornou-se lateral.
— María... – sorriu nervoso. – Dulce...
— Eu te ajudo. – inclinou o corpo para trás e apoiou os cotovelos no colchão. – Você me beijaria?
— Seria a primeira coisa. – e involuntariamente levou o corpo para próximo dela. – Te beijaria e... hm, eu começaria pela boca.
— Uhum. – mussitou e passou lentamente a língua pelo lábio inferior.
— Depois desceria até o pescoço. – disse, e ela jogou a cabeça para trás, deixando o pescoço à mostra. – Beijaria, chuparia...
— Como? – olhou-o de soslaio. – Rápido ou devagar?
— Bem devagar. – fixou os olhos na região. – Com força o suficiente para te fazer gemer.
— Hmm... – mordeu o lábio inferior. – Alto ou baixo?
— Baixo. Bem baixo. – sussurrou. – O tipo de gemido que você dá quando não quer dar o braço a torcer. – ela deu um leve sorriso malicioso. – Normalmente seguido desse sorriso.
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Jogada Paralela
RomanceEle queria o senado. Ela traçou o caminho. Ela buscava justiça. Ele entregou por inteiro. Atraídos como imã, foram cegados pela jogada perfeita. Desencontraram-se. Fizeram-se independentes. O jogo não para. O tempo corre. Arrisque uma Jogada Parale...