Capítulo 35

469 54 109
                                    

Capítulo 35

Dulce abriu os olhos quando os primeiros raios de sol invadiram o quarto e a fizeram revirar-se na cama. Passou as mãos pelo rosto e enrolou-se no lençol de algodão egípcio, jamais dormira tão confortavelmente.

De repente, despertou. Arregalou os olhos e sentou-se na cama, recuperando a consciência de onde estava e, principalmente, com quem estava.

Olhou ao redor e reparou nos detalhes do quarto, gostaria de ter o celular por perto para poder fotografar e mostrar tal lugar para Anahí.

O quarto, assim como a sala, tinha tons claros e leves. A cama de casal era enorme, e Dulce sentia que poderia dividi-la com mais três ou quatro pessoas, e ainda assim sobraria espaço.

Os elementos de decoração eram desenhados em linhas retas com cantos arredondados, e aos pés da cama, havia um récamier moderno.

Na penteadeira, um espelho grande com lustre de cristais, que davam ao quarto um ar ainda mais refinado.

No canto esquerdo, um sofá de tom pastel, acompanhado pelo tapete shaggy e um projeto de iluminação suave com o design de sanca rasgada que se iniciava no teto e terminava desenhando a cabeceira da cama.

Mirou o sofá e notou três looks colocados sobre ele. Desceu da cama e foi descalça até o local, sentindo o tapete tão confortável sob seus pés.

Olhou as três opções de roupa e deu o braço a torcer ao reconhecer que Anna conseguira lê-la muito bem; tornou-se difícil escolher qual roupa usar, gostava de todas.

Entrou no chuveiro e fechou os olhos ao sentir a água quente deslizar sobre seu corpo, algo dentro de si a deixava confortável ali, e ela odiava tal fato. Odiava sentir-se bem em um ambiente como aquele, odiava sentir que Anna fosse capaz de ganhar qualquer ponto com ela. Odiava.

Saiu do banho alguns minutos depois, sentou-se em frente à penteadeira e namorou a enorme quantidade de maquiagem disponível, um involuntário sorriso surgiu em seus lábios.

Espalhou a base pelo rosto, desenhou o contorno, iluminou alguns poucos pontos e escolheu o blush num tom mais alaranjado.

Optou pela sombra clara, traçou uma fina linha com o delineador e abusou da máscara de cílios. Contornou os lábios com o lápis nude e depois coloriu-os com o batom cor da boca.

Secou o cabelo, deixando leves e abertas ondas nos fios.

Por fim, escolheu a segunda opção de look disponível: calça de alfaiataria amarela, camiseta regata preta por dentro da calça, e o blazer também amarelo.

Nos pés, a sandália de salto alto fino num tom verde claro.

Antes de decidir que estava pronta, reparou nos brincos disponíveis, e sentiu um enorme desejo de espalhá-los na orelha. Entretanto, conteve-se.

Não daria à Anna mais esse gosto. Ela não cederia.

Saiu do quarto, passou pelo enorme corredor e desceu as escadas, notando como a casa parecia ainda mais alegre pela manhã.

Chegou à sala e olhou para todos os lados, tentando descobrir para onde ir. A voz de Anastasya interrompeu seus pensamentos.

— Bom dia, senhorita Pavaga. – a mulher disse, e Dulce rapidamente levou os olhos para ela, vendo-a parada ao lado da enorme porta. – Por aqui, por favor. A senhora Pavaga a aguarda para o café da manhã.

— Obrigada. – aproximou-se da senhora. – E, por favor, é Espinosa. Não Pavaga. Jamais Pavaga. – pediu, mas o olhar da mulher lhe revelava que sequer havia pensado em obedecer a tal ordem.

Jogada ParalelaOnde histórias criam vida. Descubra agora